Virologista diz que ainda é cedo para associar varíola dos macacos à transmissão sexual
OMS analisa a possibilidade após a doença ser identificada em sêmen de pacientes infectados
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Especialistas ainda dizem ser cedo para afirmar se a varíola dos macacos pode ser transmitida sexualmente. O rumor veio após a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar que analisa a possibilidade, depois de cientistas detectaram DNA viral no sêmen de um conjunto de pacientes identificados com a doença na Itália e Alemanha.
“Temos que tomar cuidado com o que está acontecendo, não foi o vírus replicante que foi encontrado, mas material genético, não é a mesma coisa, precisamos de mais estudos”, afirmou a virologista da UFRJ, Clarissa Damaso, em entrevista à CNN Rádio.
Segundo a virologista, “se o material representar vírus ativo aí sim pode estar associado à transmissão via sexual, mas mais amostras devem ser estudadas para se ter certeza.”
A transmissão da varíola dos macacos ocorre por meio de contato direto com uma pessoa infectata, seja através das lesões de pele ou por gotículas de saliva.
O Brasil tem, até o momento, cinco casos confirmados: três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Todos com passagem em países como Portugal e Reino Unido.
“O mais importante é contar com ajuda dos médicos em ter atenção aos sintomas e sinais da doença, para diagnóstico clínico”, completou.