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"Vocês têm que ir pra ir cima da Prefeitura", diz rodoviário que acusa o Sindicato de utilizar os trabalhadores como escudo nas negociações

Ao ser procurado pelo Farol da Bahia, o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira, afirmou que trabalhador em questão já recebeu todos os valores rescisórios

Por Emilly Lima
Ás

"Vocês têm que ir pra ir cima da Prefeitura", diz rodoviário que acusa o Sindicato de utilizar os trabalhadores como escudo nas negociações

Foto: Gilberto Jr/Farol da Bahia

Um áudio feito pelo rodoviário identificado como Itamar Ataíde, o qual o Farol da Bahia teve acesso, divulgado entre a categoria após os empresários da CSN emitirem uma carta aberta aos funcionários lamentando o não pagamento as verbas trabalhistas devidas, acusa o Sindicato dos Rodoviários da Bahia de utilizar os trabalhadores como escudo nas negociações.

"Essa carta dos empresários colocou em total obrigação do sindicato em buscar o dinheiro lá na prefeitura. Agora quero ver Hélio Ferreira e Tiago Ferreira, os dois amiguinhos da prefeitura, ir para frente da Câmara cobrar o dinheiro do trabalhador", disse o rapaz. 

No áudio, Ataíde reforça que agora a obrigação é do sindicato em buscar uma solução junto à prefeitura de Salvador para o recebimento das recisões da categoria. 

"Vocês têm que ir pra cima da prefeitura. É obrigação de vocês. Não é obrigação de Jutahí, nem de trabalhador nenhum para poder correr atrás do sindicato, que é a entidade que representa e busca o direito do trabalhador", acrescentou. 

Ao ser procurado pelo Farol da Bahia, o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira, afirmou que trabalhador em questão já recebeu todos os valores rescisórios e que o áudio possui "muitas contradições". "Eu não vejo o áudio dele como produtivo para a categoria. Esse não é o primeiro áudio que ele faz e a gente tem até uma desconfiança que tenha algum interesse partidário. E aí tentam responsabilizar a gente por falta de conhecimento ou com intenção de má fé", explicou. 

Ao comentar sobre a carta divulgada pelos empresários da CSN, Hélio não vê como um problema, conforme foi mencionado pelo rodoviário Ataíde no áudio. 

"Não vejo como nenhum problema até porque o nosso acordo está homologado pela Justiça do Trabalho e órgãos de controle. Ali foi um desabafo, onde tem os motivos deles, não discordo. Mas não vejo a carta aberta como responsabilidade do sindicato como o rapaz descreveu", acrescentou. 

À reportagem, o presidente do sindicato da categoria ainda afirmou que a entidade tem cobrado diariamente os empresários, ao prefeito Bruno Reis e ao secretário de Mobilidade Urbana de Salvador (Semob), Fabrízzio Müller.

"Esse tipo de comportamento de pessoas que já receberam a homologação, não sei quais os interesses, mas isso não ajuda a categoria em nada. Só deixa a categoria ansiosa, em pânico. Não ajuda o psicológico do trabalhador", disse.

Ao ser questionado se havia uma previsão para o resultado das negociações, Hélio Ferreira afirmou que a categoria pode ter boas notícias. No entanto, ele não se prolongou sobre o assunto por achar que as informações devem ser divulgadas quando houver um concretização. 

"Tive boas conversas com o representando da CSN, mas eu acho que temos boas notícias [...] é porque a gente só deve devolver as coisas daquilo que já é concreto. Mas no que não está concreto, mas sim construindo, está bem avançado para resolver", afirmou ao Farol da Bahia.

Em resposta ao vereador e presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, o rodoviário Itamar Ataíde afirma que não possui interesse político ou partidário, como dito pelo edil. "A única coisa que Itamar quer em cima do valor que ele recebeu e que outros 1118  receberam é uma investigação em cima de uma suposta prestação de conta que o Sindicato deve ao trabalhador. Porque foi pago o dinheiro, mas não foi dado nenhum esclarecimento do que era o dinheiro. Foi pago um dinheiro que o Sindicato achou, com cálculos feitos pela própria entidade, e não recebemos nenhum extrato desse pagamento.", pontua ressaltando que: "Já foi feito até uma prestação de conta do Sindicato perante ao TRT, e nós trabalhadores queríamos ter acesso a essa prestação de conta para podermos fazer uma comparação do valor pago com o valor prestado conta pela entidade." 



*Atualizada no dia 01 de março às 14h. 

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