As urnas falam

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As urnas falam

E falam alto e em bom som. Sua voz, suave e resoluta, convidou os brasileiros a pensar. Nos primeiros momentos, logo que foram abertas e reveladas, deixaram evidente sua profunda rejeição ao governo petista, suas políticas e suas convicções ideológicas.

Todavia, essas são suas primeiras mensagens. Podemos dizer que fazem parte da epiderme de um corpo mais robusto e profundo. Fizeram recomendações, essas oriundas do espírito do corpo eleitoral, que não há mais lugar para os indecisos, colocados, como disse Dante Alighieri, na clássica Divina Comédia, no: “mais escuro rincão do inferno,  reservado para aqueles que conservam sua neutralidade em tempos de crise moral”. 

Ao reduzir o PT e seus coadjuvantes ao degredo político, os eleitores agiram para, senão eliminar, aluir a chamada polarização, que tantos prejuízos vem proporcionando ao bom andamento da vida democrática do país. A polarização tende a perder força, na medida que um dos polos tem sua política e sua “práxis” submetidas a um severa redução de  poder político. 

A voz do eleitorado e o novo quadro político oriundo das urnas conduzem a articulações, alianças e programas construídos para as eleições de 2026, quando seremos  chamados a eleger o Presidente da República, defenestrando de uma vez por todos um governo que impôs ao país se alinhar a regimes terroristas, professar o antissemitismo, amparar ditaduras e outras aberrações! 

Esses ventos alvissareiros que sopram no panorama brasileiro, transformar-se-ão numa ventania benfazeja, capaz de varrer os inquéritos ilegais, as prisões arbitrárias, os julgamentos e condenações fora da lei e à observância constitucional que possibilite trazer o país de volta ao continente democrático, que aportamos desde 1988. 

Essas conjecturas, extraídas dos resultados eleitorais deste ano, podem parecer uma exercício mental de aliteração, mas são na verdade lições muito preciosas sobre as quais temos o dever de antever e assegurar que elas consigam se desenvolver, sem interrupções abruptas desferidas por setores antidemocráticos, que já demonstraram sua ferocidade e descompromissos com as obrigações  constitucionais.  

Isto quer dizer que as conquistas democráticas, obtidas pela manifestação das urnas, precisam ser protegidas, a fim de  que possam ter a inteireza de suas consequências, magnificando os princípios e valores constitucionais contidos na  Carta promulgada em 88, sobre a qual seus inimigos à esquerda  principalmente, e à direita também, aproveitando-se de questões secundárias e que deveriam estar fora  do texto constitucional,  teimam em criticar ou mesmo afrontar, exatamente o que nos protege dos golpistas e vivandeiras de  quarteis.  

É preciso ter em mente, que com a acachapante derrota do PT e seus aliados nas urnas de 2024, esse movimento perderá sua influência eleitoral, mas não abrirá mão de suas políticas persecutórias, a violação de princípios constitucionais, como a liberdade de expressão e o controle das redes sociais. Com a finalidade de fortalecer a democracia, concebendo-a como um valor universal e inegociável, os vitoriosos em 2024 deverão praticar uma política de portas abertas, ampliando a aliança democrática, impedindo o rumo que o país enveredou na direção do  totalitarismo e das alianças internacionais estranhas à nossa tradição e à nossa História. 

Por fim, convém estar atentos à natureza humana, que expos esta valiosa lição, tão bem compreendida por Viktor Frankl, quando disse que “o ser humano não é  completamente condicionado e definido. Ele define a si próprio, seja cedendo às circunstâncias, seja se insurgindo diante dela”.  Neste momento histórico assistimos a uma insurgência vigorosa. Não podemos deixar de aproveitar com sabedoria e cautela necessárias, mas vigor à toda prova!

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