A diferença entre bazófias e bravatas é que as primeiras são contos do vigário e as segundas são aleivosias de um fanfarrão. Vivemos num país de bazofias e bravatas, interpretadas justamente por quem deveria conter-se nos limites da credibilidade e da prudência.
Não raro, assistimos o Presidente do Brasil, Lula da Silva, escorregar na verborreia do seu discurso, sempre acompanhado das frivolidades da primeira dama, principalmente em seu deslumbrante e dispendioso périplo pelo mundo.
Se há algo de que uma nação carece é a confiança nas palavras do seu maior condutor, a confiabilidade que elas transmitem, ora como exemplos, ora como destino a ser percorrido. Imaginem que os ingleses não dessem bolas para as orientações de Churchill, o líder inconteste da nação inglesa, quando as bombas sanguinárias de Hitler despejassem a morte e o terror nas cálidas noites de Londres!
Ainda bem que Lula da Silva não precisa sossegar a nação brasileira face as bombas alemães, embora todos esperam dele um gesto mais contundente e solidário perante catástrofes naturais, tal como esta que devasta o Rio Grande do Sul, ao invés da dancinha encenada por sua doce acompanhante!
Não faz muito tempo, Lula da Silva comparou o agressor com o agredido e, ainda de quebra, sugeriu que a combalida, porém resistente, Ucrânia, cedesse ao urso expansionista siberiano, o território soberano da Criméia. Essa bazófia fora sugerida em nome da paz, a qual se arvorou, em mais uma de suas bravatas, a arauto e astuto condutor, que numa mesa de bar, entre uma cerveja e outra, faria florescer a concórdia e a paz entre os inimigos mortais. O espetáculo de ignorância e estupidez terminou sepultando na vala comum dos brutos o pacificador envergonhado e mudo.
Agora vem ele com outra astúcia. Desta vez para por mais uma pitada na receita autoritária da democracia relativa, metendo o bedelho em coisa de que sua autoridade presidencial não alcança. Queria tornar secreto o voto dos ministros do Supremo Tribunal Federal -STF- fazendo desse Poder sem voto uma Caixa de Pandora! Ainda bem que ninguém lhe deu atenção...
A audácia de Lula não tem limites, todavia. Não importa para o apedeuta mor que a Constituição da nossa República inclua, como uma norma pétrea, obedecer aos tribunais internacionais.
O Brasil é signatário do Estatuto de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional, conhecido como Tribunal de Haia que expediu um mandato de prisão para Putin por crimes de guerra por ele cometidos no atual conflito com a Ucrânia.
As palavras do incauto Presidente do Brasil são risiveis, além de uma bravata pueril: "Se eu for presidente do Brasil, e se ele (Putin) vier para o Brasil, não tem como ele ser preso. Ninguém vai desrespeitar o Brasil"
Seria demasiado dizer que tal bravata, uma valentia para indiano ver -uma vez que a bravata foi emitida durante a recente visita de Lula à Índia – implica em frontal contestação da Constituição brasileiro, tornando o apressado presidente brasileiro susceptível de impeachment, a menos, como certamente o fará, que profira outra envergonhada retratação!
Após sua breve visita ao Brasil, em poucos dias Lula da Silva vai a Cuba e depois aos Estados Unidos participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde certamente defenderá sua proposta de substituir o dólar como moeda internacional de troca e passar a realizar o comércio do Brasil com outras nações com moedas locais. Doravante, a vigorar a inovadora ideia do economista ilustrado, que já colocou na fogueira os imprestáveis livros de ciência econômica, nosso país receberá em pesos argentinos o que vender àquele país, cuja economia se encontra engolfada em tormentosa crise.
Com os pesos argentinos, ou moedas como as que vigoram em Cuba ou Venezuela em suas reservas cambiais, o Brasil passará a negociar com outros países com essas valorosas divisas. Talvez seja finalmente, o caminho mais rápido para a nossa economia encontrar o porto seguro da prosperidade!
Aos poucos, com fé em Deus e nos orixás da Bahia, o nosso apedeuta sucumbirá no silêncio mortuário, que essa brilhante ideia despertou nos próprios brasileiros e no resto do mundo.
Há muitas outras perolas com que Lula enriqueceu o anedotário popular, incontáveis, mas a narrativa venezuelana é a que ornará com a esmeralda mais vistosa a coroa do nosso reizinho.
Diante de um atento Nicolas Maduro, cheio de esperanças nos abalizados ensinamentos do seu líder, Lula pareceu um morubixaba com suas feitiçarias, passando a lição ao chefe dos traficantes venezuelanos.
Ensinou os malabarismos da democracia relativa, o beabá da mentira, das brutalidades e da sordidez. Mostrou ao monstro e cruel assassino com quantos paus de faz uma canoa, ou melhor uma narrativa!!!