Muita gente anda se candidatando a réu na operação Lava Jato, principalmente aqueles que necessitam de uma Atestado de Pobreza. Afinal, somente com este documento, tradicionalmente fornecido por uma delegacia de polícia, o cidadão consegue um benefício, apesar do risco de permanecer por uns dois anos vendo o sol nascer quadrado.
Foi assim que aconteceu com o Presidente do Brasil, Lula da Silva. Correu atrás de um simples documento e terminou conquistando a mais alta magistratura do país.
Obteve o tal Atestado de Pobreza por um preço módico, uns dois anos no xilindró, o suficiente para alcançar o mais alto posto da administração nacional.
Como se isto não bastasse, o apedeuta converteu-se num sábio iluminado. Sabemos que o presidente é o Chefe de Estado, o Chefe de Governo e o Chefe da Nação. Essa tríplice condição dá ao sujeito que nela está investido as funções constitucionais peculiares e conhecidas por todos os brasileiros.
Destaco, por oportuno, a Chefia da Nação, talvez a mais importante de todas, por ser aquela que não permite erros ou equívocos, na medida mesmo que implica naquela de caráter moral, que induz os cidadãos a seguirem os seus exemplos e procederem na direção do bem e das virtudes.
Para o povo, cuja identidade principal é sua cultura nacional, sua língua e seus costumes, ainda que contra elas voltem-se forças altamente destrutivas, a vida e os exemplos do seu presidente são os bens mais valiosos, que um dos seus concidadãos tem a oferecer e preservar, no altar sagrado dos seus valores morais.
Magnificar princípios e valores, tornando-os coletivos e dignos de imitação, na paz ou na guerra, é o legado do qual a Nação não pode abrir mão, seguindo os luminares exemplos de um Mandela, Churchill ou Gandhi.
Não é por outro motivo que a nossa pobre Nação se encontra enfileirada às portas da Justiça paranaense, a fim de recolher da lâmpada mágica de Lula da Silva, o Aladim tropical, os inestimáveis benefícios da riqueza material e da grandeza política, que fizeram dele o pobre mais rico do Brasil e o Chefe da Nação mais invejada do mundo.
O nosso poeta Manoel Bandeira dizia que “pobre não tem amigo, pobre depende é de parente. Amigo a gente escolhe, parente, não”, todavia Lula da Silva proclama que é amigo dos pobres, mas não se esquece de dizer que vive no luxo dos palácios, que é dono de uma gorda conta bancária e que é pobre de fazer dó!
Lula da Silva cuidou de avisar aos desprevenidos brasileiros em alto e bom som: “não pensem que sou frustrado porque sou pobre, não. Não pensem!” Para ele, não basta ser pobre, são pobres e frustrados.
Ele não, ele é um pobre diabo!