Cisne Vermelho VIII

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“Quando o silêncio não é possível, o invejoso recorre ao discurso hipócrita, elogiando o que não tem valor, criticando o que é secundário e omitindo o essencial. (…) Daí para a difamação e a calúnia é, apenas, um passo. Até porque o invejoso prefere ser classificado como difamador ou caluniador a arcar com o intolerável ônus de ver assoalhada sua inveja omnimosa.” (JOACI GÓES – p. 221, A INVEJA NOSSA DE CADA DIA – COMO LIDAR COM ELA. 3ª Edição, 2018.)

 

Desde que o mundo é mundo, o equilíbrio de poder segue um movimento pendular de ações e reações geopolíticas. Com índices educacionais em queda vertiginosa, sem disciplina e sem entender que o conforto tem um preço alto, o jovem ocidental social-democrata contemporâneo se perdeu entre a artrite cognitiva ideológica e o questionamento biológico da própria natureza humana. Enquanto isso, o Oriente autocrata abusou de um poder brutal onde a força governante molda a realidade dos governados com extrema crueldade. Foi necessário Trump, o Cisne Vermelho, repisar a história para lembrar que as autocracias operam sob a lógica da expansão e do domínio pela destruição e que vidas humanas são um mero estoque de guerra.

A União Europeia, em sua estratégia colonizadora de preservação dos recursos naturais abundantes da África e da América do Sul, enredada obsessivamente por pautas progressistas, negligenciou completamente a necessidade de fortalecer suas defesas e de atuar de maneira estratégica no tabuleiro global. Os Estados Unidos, sob Biden, reforçaram essa tendência de enfraquecimento estratégico, alimentando, com armas, a destruição da Ucrânia sem sequer pensar num ponto final ao massacre. Biden primeiro ofereceu carona, depois ofereceu o suicídio coletivo a Volodymir Zelensky, impondo à Ucrânia uma restrição a contra-atacar Putin em seu território. Trump fez diferente: numa manobra militar inteligente, declarou o desejo de paz, agendou um encontro entre os inimigos e, ao cancelar temporariamente o apoio militar à Ucrânia, deu liberdade para Zelensky bombardear a Rússia na região de Moscou. Uma jogada de mestre.

Apesar da gritaria da esquerda progressista e de sua mídia concessionária, a verdade incômoda é que a guerra em solo europeu poderia ter sido evitada ou encerrada com negociações estratégicas. A Europa recusou-se a enfrentar a realidade e, no processo, permitiu que a Ucrânia fosse devastada.

O Cisne Vermelho coloca todo o poderio americano em prol da paz, através do comércio e do diálogo. Trump age com tanta rapidez que não dá tempo nem de refletir. Ninguém entendeu que o consumismo doentio dos EUA foi o que fez com que a China se erguesse. Ninguém entendeu que a sanha militar dos EUA foi o que fez a Europa viver o doce sonho da social-democracia em paz. Goste ou não, Trump enxergou isso com clarividência e assim interrompe, pelo menos por enquanto, o processo de degeneração da Águia Americana e seu papel de líder da fauna global. O Cisne Vermelho, quando foi duro com Zelensky, não foi por desprezo, mas porque entendeu que o único caminho para a paz era a negociação. Demorou para cair a ficha de Zelensky, ainda na inércia do cabo de guerra, ávido por mil razões para derrotar Putin. Ora, tivesse aceito e assinado o acordo, no Salão Oval da Casa Branca, em frente à mídia internacional, Zelensky já teria garantido o apoio dos EUA. A Ucrânia já estaria sob as asas da Águia Americana, que teria sua presença econômica no país, assegurando sua defesa não através de tanques, mas de investimentos com mútuo benefício econômico aos países. Não teria a presença da OTAN, mas sim dos EUA per se. E Putin, o gélido, então nada mais poderia fazer.

Águia e Dragão – Arte: Matheus Oliva

Sim! O Cisne Vermelho, cafona, capitalista e pomposo, dá o exemplo e promove a paz. Quem diria? É tão surpreendente que ainda não caiu a ficha do mundo, sobretudo da mídia concessionária, acostumada com as benesses de governos manipuladores. A estratégia de Trump é baseada na ação e na informação sem filtros editoriais. O Cisne Vermelho opera no que o Ocidente tem de melhor: a liberdade de expressão irrestrita. Ele e toda sua equipe prestam contas diariamente e diretamente aos cidadãos americanos com postagens e entrevistas abertas, disponíveis sem cortes, sem comentários, em redes sociais. Com isso, ao contrário do que afirmam, Donald Trump não é o agente do caos global, mas sim um negociador pragmático. Sua abordagem disruptiva está forçando o Ocidente democrático a abandonar sua passividade e a se posicionar de forma estratégica para garantir sua sobrevivência.

Na fauna global, os EUA escolheram a Águia Americana como símbolo de governo. Essa espécie de rapina possui o instinto de se auto depenar para se livrar das penas velhas e frágeis, permitindo o crescimento de penas mais fortes e resistentes, essenciais para caçar e alçar voos dignos de sua projeção. Isso é uma realidade. Os EUA são poderosos. O Cisne Vermelho renova essa consciência de poder e permite à Águia depenar a letargia burocrática. É importante para o Brasil entender que a neutralidade entre o Dragão Chinês e a Águia Americana é fundamental. Há um ditado africano que diz que, em briga de elefantes, quem se prejudica é a grama. E o Brasil, apesar da obesidade de sua burocracia, não é um elefante, nem é a África.

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