Corrupto tem defeito de carater

Foto: klimkin por Pixabay

Ás

Corrupto tem defeito de carater

Infelizmente, a corrupção tem se tornado assunto vulgar, por todos os lados, que vem se apresentando como algo meio que comum, pois a avaliação do brasileiro, de um modo geral, é em relação ao que foi fruto da corrupção, valores, feitos mas, em verdade, será sempre algo que decompõe a sociedade, em sua ética comezinha de cidadania e decência. Corrupção será sempre corrupção, não importando o montante ou o que for dado como limite para transparecer que pode. É corrupto quem desvia um ticket de refeição ou quem faz milhões esperarem por uma obra que nunca se conclui e é sempre majorada por conta de superfaturamento.

Muitos analistas do comportamento têm se debruçado em estudos que possam entender porque se tornou uma espécie de epidemia a corrupção no Brasil. É fato, no entanto, que as opiniões não são absolutas em uma direção, muitas questões têm sido levantadas, mas a  psiquiatra forense Hilda Morana, coordenadora do departamento de Psiquiatria Forense da Associação Brasileira de Psiquiatria, lança luzes em relação ao sentido social do corrupto e da corrupção. Afirma a pesquisadora que a corrupção guarda basicamente dois objetivos: conseguir vantagem financeira ou mais poder. Defende, assim, um traço de distúrbios mental, pois o corrupto visa a se beneficiar dos seus ilícitos, sem qualquer preocupação com pessoas ou situações se não o seu próprio benefício.

Esse comportamento, afirma a estudiosa, é causado por um transtorno de personalidade antissocial, que popularmente é conhecido como defeito de caráter, onde o indivíduo não foi capaz, ao longo do tempo em que ocorreu o desenvolvimento de seu cérebro, de desenvolver adequadamente o ‘senso ético’. O corrupto não é capaz de respeitar o outro, de forma natural, espontânea, como uma simples regra básica de vivência em sociedade. O corrupto não assimila a moral estabelecida, na sociedade em que vive. É preciso, assim, que sofra forte repressão na sua distorção de caráter, como freio para a sua falta de empatia, bem como de instrumento para desestimular a prática, ainda que, para muitos, se torne uma espécie de compulsão do querer mais e mais. Cobremos sempre punição, como forma de impor limites a que age sem compaixão.

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