Advogados são suspeitos de lavar R$ 14 milhões para o PCC
Técnicos da Receita Federal e policiais rastrearam as contas bancárias dos investigados
Foto: Reprodução
Doze advogados já condenados por ter ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentaram juntos, em suas contas bancárias, R$ 14 milhões entre o período de 2014 a abril de 2017, sem declarar a origem do valor. A suspeita da Polícia Civil paulista é a que eles tenham lavado dinheiro a pedido da maior facção criminosa do Brasil.
A informação consta em documentos da investigação da Polícia Civil, na qual técnicos da Superintendência da Receita Federal em São Paulo e do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, do Departamento de Inteligência da polícia rastrearam as contas bancárias dos investigados.
Operação Ethos
Os advogados foram indiciados em inquérito policial em fevereiro de 2017 e até hoje o processo tramita na 1ª Vara Criminal de Presidente Venceslau, a 610 km da capital paulista. A cidade é conhecida por concentrar membros do PCC até que sejam transferidos para o sistema prisional federal.
Ao serem interrogados nas fases de inquérito e judicial, os 12 advogados negaram envolvimento com o PCC e alegaram que não praticaram nenhum ato ilícito. Para a polícia, os investigados "dissimularam a origem, a natureza do dinheiro recebido e cometeram crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores".
O processo corre em segredo de Justiça, mas a 1ª Vara Criminal de Presidente Venceslau vai ouvir os suspeitos novamente e já enviou as intimações para novas audiências.