Alan Sanches afirma que, diferentemente de 2022, Jerônimo enfrentará mais dificuldades nas próximas eleições
Deputado afirmou que governador terá que responder por insegurança, problemas na saúde e empréstimos
Foto: Farol da Bahia
O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Alan Sanches (União Brasil), afirmou que, considerando o cenário político atual, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) enfrentará dificuldades para se reeleger em 2026.
Em entrevista ao Farol da Bahia, o oposicionista destacou que nas eleições de 2022, quando Jerônimo derrotou ACM Neto (União Brasil) no segundo turno, ele ainda não era governador e as críticas ao governo do PT no estado eram direcionadas à gestão de Rui Costa (PT). Agora, segundo Alan, o atual governador terá que lidar com as críticas diretamente.
“Ele [Jerônimo Rodrigues] não enfrentava resistência, já que não era o governador e as críticas se voltavam apenas ao governo Rui. Agora, ele terá que responder pelo que conseguiu fazer na Saúde Pública e na Segurança Pública: nada”, disparou o deputado.
“E ele ainda é um negacionista, que não assume a responsabilidade pela insegurança que enfrentamos na Bahia”, completou.
Alan também criticou novamente o governo de Jerônimo pelo volume de empréstimos solicitados à ALBA. Ele ressaltou que, embora o secretário estadual da Fazenda, Manoel Vitório, declare que a Bahia apresenta condições fiscais favoráveis para contrair crédito, é preciso estabelecer limites.
Na terça-feira (13), os deputados aprovaram um novo empréstimo de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) solicitado pelo petista junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
"Já são quinze empréstimos solicitados pelo governo Jerônimo, totalizando quase R$ 13 bilhões. Quando se faz uma retrospectiva desses pedidos, não se observa absolutamente nada que ele tenha realizado. A saúde continua na mesma, com a 'fila da morte', e por isso não concordamos com essas solicitações", disse o parlamentar.
“Esses quase R$ 13 bilhões representam cerca de 20% da receita corrente líquida, o que foge dos padrões normais. Não é porque é permitido que deve ser feito. Queremos realmente transparência nesses pedidos de crédito”, continuou.
Alan também pontuou que mais de R$ 1 bilhão dos empréstimos aprovados são destinados a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma iniciativa do governo federal.
"O penúltimo empréstimo, no valor de R$ 1,2 bilhão, foi solicitado para garantir a contrapartida necessária para as obras do PAC. Estamos falando de R$ 1,2 bilhões. Será que, sendo o governo federal tão amigo, não poderia trazer esse investimento para a Bahia sem exigir uma contrapartida tão alta? É um governo estadual que não tem condições de arcar com tudo isso", finalizou.