Economia

Amil é vendida por R$ 11 Bilhões ao fundador da Qualicorp

Essa foi a maior aquisição de pessoa física no Brasil

Por Da Redação
Ás

Amil é vendida por R$ 11 Bilhões ao fundador da Qualicorp

Foto: Reprodução / YouTube

A UnitedHealth Group, controladora da Amil, fechou um acordo para vender a operadora de planos de saúde ao empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, por R$ 11 bilhões. Essa transação se torna a maior aquisição de uma empresa por uma única pessoa física no Brasil. Informações são da Folha de São Paulo. 

José Seripieri Filho, que já havia se desvinculado da Qualicorp em 2019, financiou R$ 2 bilhões da operação em conjunto com os bancos Santander, Bradesco, BR Partners e BTG Pactual. O negócio foi assessorado pelos escritórios Bichara Advogados e Spinelli Advogados.

A coluna Painel S.A. havia antecipado a disputa entre Seripieri Filho e o fundo de investimentos Bain Capital pelo controle da Amil. Outros concorrentes incluíam o grupo Dasa, os fundos Advent e Coruja, além da Alliança, de Nelson Tanure.

José Seripieri Filho, que possui amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saiu da Qualicorp em 2019, fundou a QSaúde em 2020, mas se afastou novamente do setor em meados deste ano. Em junho, ele vendeu a carteira de beneficiários da QSaúde para o plano de saúde Alice.

A Amil, uma das maiores operadoras do país, com 5,4 milhões de beneficiários, 383 mil empresas clientes, 19 hospitais, 52 unidades laboratoriais e 21 mil funcionários, teve a venda barrada em 2022 pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A operação só será concretizada com a aprovação da agência reguladora. A ANS destacou que não foi consultada até o momento sobre o caso.

A venda da Amil era aguardada no setor de planos de saúde. A empresa, controlada pela americana UnitedHealth, contratou o BTG Pactual em 2021 para comprar sua carteira deficitária de planos individuais e familiares. Essa carteira seria assumida pela Fiord Capital, fundo ligado ao BTG, mas a mudança de controle foi barrada pela ANS em 2022, alegando falta de informações sobre o processo.

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