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Após eleição argentina, secretário do Itamaraty diz esperar que país tenha noção sobre efeito das mudanças climáticas

Novo presidente questiona a influência humana nas mudanças climáticas

Por Da Redação
Ás

Após eleição argentina, secretário do Itamaraty diz esperar que país tenha noção sobre efeito das mudanças climáticas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi

O Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, André Aranha Corrêa do Lago, expressou, nesta segunda-feira (20), suas expectativas em relação às mudanças climáticas na Argentina, após a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais de domingo (19). Em declarações à imprensa, Corrêa do Lago destacou a importância de um movimento pró-meio ambiente no país vizinho, enquanto Milei questiona a influência humana nas mudanças climáticas.

O secretário manifestou sua esperança de que, assim como nos Estados Unidos, haja na Argentina um movimento de pessoas conscientes dos efeitos das mudanças climáticas. "Vamos ver se eles têm um debate interno sobre isso que leve a um posicionamento construtivo", acrescentou. Ele ressaltou ainda que o Brasil acompanhará de perto as posições argentinas nas negociações climáticas, dada a relevância do país para a região da América Latina.

Em relação às mudanças climáticas, o governo brasileiro anunciou que está trabalhando na elaboração de um novo mecanismo de captação de recursos para países com florestas. A proposta, esperada para ser apresentada na Conferência Clima de Dubai (COP 28) no final de novembro, busca encontrar soluções econômicas para enfrentar as mudanças climáticas e criar um mecanismo oficial de financiamento florestal que promova uma distribuição equitativa de recursos entre os países.

A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, revelou que o novo modelo está em fase final de elaboração. Contrariando a regulação do mercado de carbono, a proposta busca definir mecanismos que assegurem recursos para manter as florestas em pé. O Brasil já possui diversos mecanismos internacionais para essa finalidade, sendo o Fundo Amazônia o mais conhecido, gerido pelo BNDES.

Além disso, o governo brasileiro apresentará na COP 28 uma meta mais ambiciosa de redução das emissões de gases de efeito estufa. A nova meta compromete-se a reduzir as emissões em 53% até 2030 em relação a 2005, superando a meta anterior de 50%. A meta para 2025 também será ajustada, passando de 37% para 48%. As mudanças foram anunciadas durante a Cúpula de Ação Climática da ONU pela ministra Marina Silva e confirmadas pela comitiva que representará o Brasil na COP.
 

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