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Arthur Lira cobra maior envolvimento do governo na reforma do Imposto de Renda

Presidente da Câmara quer que Planalto mobilize melhor a base para este debate

Por Da Redação
Ás

Arthur Lira cobra maior envolvimento do governo na reforma do Imposto de Renda

Foto: Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (18), em entrevista ao jornal O Globo, que, apesar dos seguidos adiamentos, a reforma do Imposto de Renda ainda será pautada e votada. Atualmente, a proposta é questionada e gera impasses entre empresários, estados e municípios. Sem acordo, a Câmara adiou novamente a votação do projeto na última terça-feira (17).

Na entrevista, Lira também cobrou maior envolvimento do governo na defesa da proposta. Destacou ainda que o projeto tem reflexos no novo programa social ao propor a taxação de dividendos como uma fonte permanente de recursos para custear o Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família.

Nesta quarta-feira, o relator da reforma do IR, Celso Sabino (PSDB-PA), disse que o lobby pela não tributação de dividendos acabou brecando o avanço da proposta. De acordo com o presidente da Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem tido uma atuação técnica nos bastidores. Contudo, ele afirma que falta articulação política para fazer a proposta avançar. Lira disse que também vai procurar os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que têm essa função.

“Esse projeto não vai para a gaveta. Ele vai ser discutido mais algumas vezes, está na pauta e será votado. O governo, realmente, tem que entrar para cobrar da base até porque o projeto tem reflexos no novo programa social”, disse Lira.

De forma reservada, deputados da base governista cobram envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não se posicionou até o momento a favor do projeto. Se a reforma passar, a arrecadação do governo pode aumentar, mas o governo parece não estar priorizando o projeto. Ainda em entrevista ao jornal, Lira sinalizou não concordar com o escalonamento na taxação de dividendos de 20%, conforme defendem alguns líderes. Segundo ele, isso iria na direção contrária da simplificação do sistema. Nos bastidores, a equipe econômica também não concorda em ceder neste ponto.


 

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