Ataque hacker não envolveu extração de dados de clientes, afirma empresa

Ação simulou transações em nome de bancos sem intenção de invadir sistemas da companhia

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Ataque hacker não envolveu extração de dados de clientes, afirma empresa

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ataque hacker que ocasionou no desvio de milhões de reais que instituições financeiras tinham depositado em contas do Banco Central (BC) não envolveu o vazamento ou extração de dados de instituições financeiras e de clientes, segundo informou nesta quinta-feira (3) a C&M Software.

De acordo com a empresa, o ataque simulou transações em nome de bancos, sem intenção de invadir os sistemas da companhia, que presta serviços de tecnologia homologados pelo Banco Central (BC).

Na última terça-feira (1) pela noite, criminosos utilizaram o login de instituições financeiras para roubarem dinheiro de contas que as instituições financeiras mantêm no BC para cumprirem exigências legais. O ataque se tornou público no dia seguinte, quarta-feira (2).

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O ataque hacker atingiu apenas a estrutura tecnológica da C&M e contas reservas no BC, que tiveram o dinheiro desviados por meio de Pix para corretoras de criptomoedas. De acordo com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) ao menos R$ 400 milhões foram desviados. Os recursos de correntistas, por outro lado, não foram afetados.

De acordo com esclarecido pela companhia, o ataque foi feito através de uma simulação fraudulenta de integração, utilizando credenciais legítimas de um cliente para acessar os serviços como se fosse uma instituição financeira autorizada.

A C&M divulgou que está revendo a política de acessos externos e de APIs (ponte que permite que dois aplicativos dialoguem e compartilhem informações ou funcionalidades).

Ainda de acordo com a C&M, haverá padrões maiores de homologação por parte dos clientes que acessarem os sistemas da empresa, para diminuir os riscos compartilhados entre a prestadora de serviços tecnológicos e bancos.

Providências para devolução dos valores

De acordo com a C&M não há uma estimativa para devolução dos valores devolvidos para as instituições financeiras, mas disse que uma parte do dinheiro foi devolvida através do Mecanismo Especial de Devolução (MED). O mecanismo foi lançado em 2021 para devolver os recursos de vítimas de fraude no Pix ou de erro operacional por instituições financeiras.

De acordo com a C&M, a taxa de devolução através do MED foi maior que a média do mercado, pois a fraude foi identificada rápido. A empresa tecnológica reforçou estar colaborando com a Polícia Federal, Banco Central e Polícia Civil de São Paulo.

A C&M divulgou ainda, que o ataque não chegou a afetar os demais sistemas operacionais da companhia, pois as infraestruturas do SBP para cada tipo de operação

A empresa também informou que o ataque não chegou a afetar os demais sistemas operacionais da companhia, pois as infraestruturas do SBP para cada tipo de operação funcionam em módulo separado, não tendo sido afetadas pela ação criminosa.

 

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