Auxílio Brasil, o upgrade
Confira o editorial desta sexta-feira (29)
Foto: Arquivo/Abr
Depois de distintas reações do mercado financeiro diante à economia política brasileira, especialmente quanto ao valor do Auxílio Brasil e o eventual furo no teto dos gastos públicos, o governo enfim agendou para 17 de novembro o início do pagamento do upgrade do Bolsa Família, agora com outro nome, mas o mesmo benefício.
No entanto, ainda não será o valor de R$ 400, desejado pelo presidente Jair Bolsonaro e contestado pelo ministro Paulo Guedes e parte de sua equipe na pasta - que inclusive pediu demissão na semana passada, descrentes que os cofres públicos aguentarão bancar esta cifra.
Seria 400 reais, mas como a PEC dos Precatórios está travada no Congresso e não há outras fontes de recursos definidas, a média do pagamento em novembro será de R$ 220, ou os R$ 189 do Bolsa Família reajustado em 17,8%.
Em novembro, o pagamento está garantido graças ao saldo de R$ 9,3 bilhões do Orçamento do Bolsa Família que vai para o novo Auxílio Brasil. Em seguida, a expectativa do governo é que a PEC tenha andado no Congresso (leia-se aprovada), e então chegar aos R$ 400 em dezembro.
O caminho ainda é áspero e com mais aflições ao governo do que perspectivas. Ontem, com mais um adiamento de votação da PEC dos Precatórios, é possível que o Auxílio Brasil demore um pouco mais para atingir o valor ideal posto pelo presidente;
Mas é preciso paciência e respeito à saúde econômica do país, mesmo, sem mágica ou malabarismo, por mais duro que isso possa impactar aqueles que urgem pelo upgrade do benefício.