Barreiras no sistema de saúde aumentaram mortalidade de grávidas com Covid-19, diz estudo
No total, foram 1.948 mortes maternas em decorrência da doença
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Um estudo brasileiro publicado na The Lancet Americas concluiu que o sistema de saúde estava despreparado para receber grávidas e puérperas com sintomas de Covid-19. Conforme o levantamento, o Brasil teve uma das maiores mortalidades maternas em decorrência da doença. No total, foram 1.948 mortes.
A pesquisa entrevistou 25 famílias e parentes de grávidas ou puérperas que morreram pela Covid-19. Com isso, foi revelado que alguma grávidas chegaram a ir em pelo menos cinco centros de saúde para conseguirem receber o tratamento adequado contra a doença. Por esse motivo, muitas já chegavam no estado agravado e morriam.
Como resultado, o estudo apontou três barreiras no sistema de saúde que impediram que essas vítimas fossem salvas: a demora de iniciar o tratamento; a dificuldade de admissão de grávidas em alguns hospitais; e a escolha e preferência pelo feto em detrimento da paciente. Do total de casos entrevistados, 19 fetos sobreviveram.