Barros afirma que reduziu em R$ 5 bi os gastos públicos com medicamentos
Na CPI da Pandemia, líder do governo na Câmara nega envolvimento no caso Covaxin
Foto: Agência Senado
O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, rebateu nesta quinta-feira (12), em depoimento à CPI da Pandemia, as teses apresentadas contra ele e ressaltou que conseguiu reduzir em R$ 5 bilhões, à frente do Ministério da Saúde (2016-2018), os gastos públicos com aquisições de medicamentos.
Sobre as negociações da pasta para a compra da vacina Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o depoente disse que, até o momento, todas as narrativas apresentadas à comissão tem o objetivo de criar uma falsa narrativa. Segundo ele, estão criando fatos com o objetivo de tentar envolvê-lo no suposto esquema de fraude.
No depoimento, ele disse também que o deputado Luís Miranda (DEM-DF) nunca afirmou que ele estaria envolvido na compra das vacinas. Miranda disse à CPI que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria perguntado, a ele, se haveria um suposto envolvimento de Barros.
“Todas as falas de Luis Miranda são nesse sentido. O presidente nunca afirmou e, portanto, não tinha como desmentir o que ele nunca afirmou”, disse Ricardo Barros à CPI.
Além disso, a servidora Regina Célia Oliveira, do Ministério da Saúde, informou à CPI que não conhece pessoalmente Ricardo Barros. Havia sido nomeada para cargo de confiança antes da gestão de Barros. Foi mantida na sua gestão, com salário menor, e até hoje é fiscal de contratos da pasta.
Outros pontos do depoimento:
Contrato da Global
Ricardo Barros informou que o atraso na entrega de medicamentos raros pela empresa Global ao Ministério da Saúde foi gerado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); pela fabricante dos remédios, a Sanofi; e pela própria Global, que sempre ganhou na Justiça o direito de exercer o contrato, e portanto não havia como suspendê-lo.
Vida pública
Barros lembrou que sempre buscou transparência e diálogo na vida pública. “Faço questão de prestar os esclarecimentos”, disse o deputado, que vem pedindo para depor à CPI desde o final de junho. “Iniciei a vida pública como prefeito de Maringá, em 1989, e tenho seis mandatos de deputado federal. Estou aqui, depois de tantos anos, por ser correto. A missão de servir é o que me move, e o prejuízo à minha imagem causado pela CPI foi muito grande”, ressaltou.