Barroso brinca após posse de Dino: 'agora é sem volta'
Ex-ministro da Justiça foi empossado nesta quinta-feira (22)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou a chegada do ex-governador do Maranhão e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, à Corte Suprema durante a posse nesta quinta-feira (22), e brincou que a ida para o tribunal agora é "sem volta".
"Agora é sem volta. Com muita alegria, declaro empossado no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal o senhor ministro Flávio Dino", afirmou Barroso.
Dino, que assume o cargo após ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em novembro de 2023, foi enaltecido por Barroso como uma figura amplamente respeitada e querida pela comunidade jurídica, política e pela sociedade brasileira.
A cerimônia de posse contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o ex-presidente Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, e o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), tenente-brigadeiro do ar Francisco Joseli Parente Camelo.
Biografia de Dino
O ex-ministro se formou em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em 1990, onde também foi professor. Também lecionou na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), de 2000 a 2002. Dino também foi juiz federal, entre 1994 e 2006, e assumiu cargos importantes, como presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e chefe da secretaria-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, Flávio Dino entrou na política. No mesmo ano, se elegeu deputado federal pelo Maranhão, entre 2007 e 2011. Com a saída do legislativo, o ex-ministro ocupou o cargo de presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
Nas eleições de 2014, Dino foi eleito governador do Maranhão pela primeira vez, sendo reeleito no pleito seguinte, em 2018. Em 2022, ele foi eleito e tomou posse no Senado Federal, mas decidiu se licenciar para comandar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Quando nomeado para o Supremo em novembro de 2023, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, ocorrida em setembro do mesmo ano, Dino renunciou ao mandato no Congresso Nacional e encerrou os 18 anos de carreira na política partidária.