Barroso defende julgamento do 8/1 no plenário virtual: ‘alternativa possível’
Presidente do STF participou de Congresso Nacional do Ministério Público
Foto: Farol da Bahia
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, minimizou nesta sexta-feira (10) as críticas direcionadas à Corte pelo uso do plenário virtual no julgamento dos réus envolvidos no atentado às sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano. Durante coletiva no XXV Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em Salvador, o ministro argumentou que essa modalidade de julgamento seria a “alternativa possível” devido à quantidade de processos.
"Temos mais de mil ações penais. Elas estão sendo julgadas, algumas presencialmente outras no plenário virtual, com amplo direito de defesa, apresentação das razões escritas e sustentações orais. Essa é a alternativa possível. Do contrário, inviabilizaria o funcionamento do tribunal”, disse Barroso.
"Eu acho que é uma crítica injusta, é preciso na vida a gente fazer ponderações. Ninguém acha que o Supremo deve ficar paralisado mais de um ano julgando essas ações no plenário físico. Compreendo perfeitamente a queixa da advocacia, mas estamos fazendo da melhor forma possível", completou.
Quando questionado sobre a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em indicar o novo ministro do STF para a vaga da ministra aposentada Rosa Weber, Barroso respondeu: "Mal dou conta das minhas atribuições, não vou interferir nas do presidente da República."