Bolsonaro diz que vai pedir perícia independente no caso de miliciano na Bahia
Ex-policial do Bope, Adriano foi morto no dia 9 de fevereiro em operação da polícia da Bahia
Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro cobrou nesta terça-feira (18), uma perícia independente no corpo do ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega, suspeito de integrar uma milícia. Adriano foi morto em uma operação da PM baiana no último dia 9, no município de Esplanada, a 155 km de Salvador.
"Primeiro eu estou pedindo, já tomei as providência legais, que seja feita uma perícia independente, que sem isso você não tem como buscar até, quem sabe, quem matou a Marielle. A quem interessa não desvendar a morte da Marielle? Os mesmos a quem não interessa desvendar o caso Celso Daniel", afirmou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.
O miliciano também era investigado pela suspeita de envolvimento no esquema no qual funcionários de Flávio Bolsonaro, deputado do Rio de Janeiro na época, devolviam parte do salário que recebiam na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Adriano também era amigo do ex-PM Fabrício Queiroz, que foi funcionário do gabinete de Flávio e indiciou a mulher e a mãe de Adriano para trabalharem lá.
"Pelo que estou sabendo, o Ministério Público Federal da Bahia, não tenho certeza — [que] fique bem claro: não tenho certeza — vai cobrar uma perícia independente hoje. Primeiro passo para você começar a desvendar as circunstâncias em que ele morreu e por que. Poderia interessar a alguém a queima de arquivo. O que ele teria para falar? Contra mim é que não era nada. Se fosse contra mim tenho certeza que os cuidados seriam outros para preservá-lo vivo", disse Bolsonaro.