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Brasil cresce no índice que mede igualdade de gênero, mas fica atrás de Paraguai, Peru e Bolívia

País permanece na 71ª colocação do ranking entre as 190 nações analisadas pelo Banco Mundial

Por Da Redação
Ás

Brasil cresce no índice que mede igualdade de gênero, mas fica atrás de Paraguai, Peru e Bolívia

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil teve um aumento de 3,1 pontos no índice do Banco Mundial que mede a igualdade de gênero entre homens e mulheres no mundo, saltando de 81,9 para 85 entre os anos de 2019 e 2023. Ainda assim, o país ficou atrás dos vizinhos da América do Sul — como Paraguai (94,4), Peru (95) e Bolívia (88,8) — e permanece na 71ª colocação do ranking entre as 190 nações analisadas. 

O ranking é liderado por 14 países que alcançaram os 100 pontos, entre eles, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha e Grécia. A classificação leva em consideração aspectos como deslocamento das mulheres ao trabalho, remuneração, influência do casamento na profissão, licença-maternidade, aposentadoria e outros.

"Uma das pontuações mais baixas do Brasil está no indicador que mede as leis que afetam o tamanho da pensão de uma mulher. Para melhorar o indicador previdenciário, o Brasil pode querer considerar a equalização das idades em que homens e mulheres podem se aposentar com benefícios de pensão completos e igualar a idade de aposentadoria obrigatória para homens e mulheres", sugere o Banco Mundial.

Maior presença, menor salário

No Brasil, as mulheres representavam 54,3% dos desempregados no quarto trimestre do ano passado, superando 42 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Em relação à remuneração, as mulheres ganham de 26% a 30% menos que os homens.

Em cargos de gerência, por exemplo, é estimado que as mulheres ganhem R$ 2.511 menos que os homens, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O cenário da desigualdade também foi mostrado em 2018 por uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou que, apesar de estudarem e trabalharem mais que os homens, as mulheres continuavam ganhando menos.

Foi estimado que elas trabalham três horas por semana a mais do que os homens, combinando atividades remuneradas, afazeres domésticos e cuidados de pessoas.

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