Caixa Econômica planeja 'superfundo' de até R$ 400 bilhões para investir no Novo PAC

O recém-empossado presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, tem como plano estratégico a criação de um "superfundo" de infraestrutura, destinado a investir nos projetos do Novo PAC. A proposta envolve a captação de recursos do FI-FGTS, fundos de pensão de empresas estatais e investidores internacionais, podendo atingir um montante expressivo entre R$ 300 bilhões a R$ 400 bilhões.

Em entrevista à CNN, antes de assumir o cargo, Vieira destacou a Caixa como um ambiente propício para aplicações de longo prazo e pretende levar a proposta para a área econômica do governo. Ele ressalta que o desafio principal é mitigar o risco cambial, considerando a possibilidade de hospedar o novo veículo de investimentos no exterior, em moeda forte.

O FI-FGTS, com um valor patrimonial de aproximadamente R$ 22 bilhões, é apontado como uma fonte potencial de recursos para esse "superfundo", que também poderia contar com a participação de fundos de pensão de estatais, como Petros, Previ e Funcef. Vieira destaca que esses fundos representam 14% do PIB brasileiro.

O Novo PAC, programa de infraestrutura do governo federal, prevê investimentos totais de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 371 bilhões provenientes do Orçamento Geral da União e R$ 343 bilhões de empresas estatais. Com o "superfundo", a Caixa visa impulsionar ainda mais os projetos prioritários para o desenvolvimento do país.