Carnaval com respeito e segurança
Confira nosso editorial deste sábado (22)
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Foto: Gilberto Junior / Farol Da Bahia
É Carnaval desde quinta-feira (20) em Salvador. Na capital baiana, a já peculiar festa brasileira ganha conotações ainda mais coloridas e rítmicas, e por isso é um destino turístico tão concorrido neste período – foram 850 mil turistas em 2019, segundo dados da municipalidade.
É uma manifestação cultural relevante ao estado, que fomenta a economia local e, de ano em ano, possibilita à Bahia incrementar a parafernália carnavalesca de modo que se apresente ao Brasil e a todo o globo terrestre como uma folia organizada, divertida e segura.
Em 2019, vale ressaltar, segundo números à época fornecidos pela Prefeitura de Salvador, que o Carnaval da capital terminou sem nenhuma morte, no entanto, com 99 presos em flagrante (dos 4.444 suspeitos conduzidos à delegacia). Entre os crimes não-letais, foram registrados 891 furtos e 121 roubos.
O número de pessoas feridas durante o Carnaval 2019, repassado pelo Poder Público, apesar de 26% menor que no ano passado, ainda assusta: 253 pessoas foram atendidas em módulos de assistência à saúde por agressão de arma branca, ou seja, 253 que de alguma forma, vítima ou brigão, teve lesão por faca, canivete e afins.
São índices que escancaram, desde então, a necessidade de reforçar a vigilância e posicionamento dos policiais na folia deste ano já em curso. Afinal, do que servem números e estatísticas se não para tirar deles alguma lição e aplicar quando for preciso? A segurança deve estar em alerta para quando o folião ultrapassar o limite do respeito ao outro, o que, infelizmente, é corriqueiro em festas populares e populosas.