Política

‘Centro’ de Maia é nova roupagem da velha política 

O Centrão, que desde os tempos da Constituinte e do governo Sarney, virou sinônimo de “é dando que se recebe” no Congresso

Por Da Redação
Ás

‘Centro’ de Maia é nova roupagem da velha política 

Foto: Agência Brasil

Adepto a velha política do toma-lá-dá-cá, o  presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenta propagar uma ideia de que a confiança política do povo brasileiro deve ser depositada em novo “centro”. O DEM, partido de Rodrigo, se uniu ao  MDB, Republicanos e PSD. As legendas contrataram uma equipe de marketing político para produzir peças publicitárias que reposicionem o Centro no inflamado debate político do país. “Reposicionar” é a tentativa de substituir o apelido Centrão, que desde os tempos da Constituinte e do governo Sarney virou sinônimo de “é dando que se recebe” no Congresso.

Na tentativa de tirar o superlativo depreciativo do centro, o grupo quer demonstrar que o país não pode ser comandado por grupos levados ao extremo, seja à direita ou à esquerda. Somente dessa forma o Brasil pode retomar o crescimento econômico, reduzir a desigualdade social e mitigar os principais problemas nacionais. 

A tentativa de Maia de descolar a imagem do governo e representar um novo Brasil está, na verdade, repleto de vícios da antiga forma de fazer política. O DEM foi acusado recentemente de ter a maior candidatura laranja das eleições de 2018. Uma mulher do Acre que oficialmente concorreu a deputada estadual recebeu R$ 240 mil do Diretório Nacional da sigla, declarou ter contratado 46 pessoas para atividades de mobilização de rua, entre elas dois coordenadores de campanha, além de aluguel de 16 automóveis, confecção de santinhos e contratação de anúncios —recebendo ainda R$ 39.500 em material eleitoral doado. 

Já o Republicanos, antigo PRB, tem seus próprios imbróglios para resolver. Seu maior nome, o prefeito do Rio de Janeiro,  Marcelo Crivella (PRB) é investigado pelo Ministério Público Estadual sob a acusação de ter criado 1 “balcão de negócios” para liberar verbas para empresas mediante ao pagamento de propina.

O MDB teve seus principais caciques condenados pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).  Os irmãos Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro, e Lúcio Vieira Lima (MDB), ex-deputado federal respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do bunker dos R$ 51 milhões em Salvador. Geddel segue preso. Já Lúcio Vieira Lima, solto.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.