Ciro Nogueira cogita prorrogar o auxílio emergencial fora do teto de gastos
'Plano B' é para o caso da PEC dos precatórios não ser aprovada na Câmara
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em clima de apreensão sobre a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, cogita a hipótese de prorrogar o auxílio emergencial mesmo sem o teto de gastos previsto pelo projeto.
O 'Plano B' entrou em pauta durante uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e líderes de partido nesta quarta-feira (27). As informações são do Valor.
Tanto o governo federal quanto o presidente da Câmara tentam conquistar votos suficientes para a aprovação da PEC. A proposta é a única forma de encaixar o financiamento do Auxílio Brasil em R$ 400 mensais para 17 milhões de famílias, de forma temporária até dezembro de 2022, dentro do Orçamento da União.
A discussão sobre o risco fiscal tem gerado um clima de instabilidade econômica no país e culminou na saída de quatro secretários do Ministério da Economia na última semana. Já a PEC também gera incerteza em relação à revisão do teto de gastos, que impede o crescimento das despesas acima da inflação.
Caso seja aprovada a nova regra para o pagamento dos precatórios, dívidas judiciais da União que não tem possibilidade de recurso, o governo conseguiria liberar até R$ 83 bilhões em gastos previstos para o Orçamento 2022.