Com a desistência de Doria, PSDB pode ficar pela primeira vez sem candidato à presidência
O ex-senador José Aníbal, tucano histórico, afirma que “não é um bom sinal”
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Na primeira eleição direta no Brasil após o fim da ditadura militar, o PSDB lançou o seu primeiro candidato à presidência da República em 1989, um ano após ser fundado. Desde então, sempre teve candidatos nos pleitos nacionais, mas, com a desistência de João Doria nesta segunda-feira (23), o partido pode não contar com postulante em 2022 pela primeira vez desde a redemocratização.
A princípio, a legenda deve seguir nas negociações com o MDB e o Cidadania para lançar um nome único da chamada “terceira via”, embora haja integrantes da sigla que defendam a aposta em uma figura própria. Uma reunião da Executiva nacional que estava marcada para esta terça (24/5) foi cancelada.
Foram oito disputas em 33 anos. Em duas delas, o candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso saiu vencedor. Em outras quatro, o partido foi para o segundo turno. Em 2018, a legenda perdeu o posto de adversário principal do PT para Jair Bolsonaro (PL, na época PSL) e amargou seu pior resultado em uma eleição: Geraldo Alckmin recebeu apenas 4,7% dos votos.
O ex-senador José Aníbal, tucano histórico, afirma que “não é um bom sinal” que o PSDB não tenha candidato próprio, e sugere que o partido aposte em Eduardo Leite ou Tasso Jereissati para a disputa.