Com aumento de 39%, eleitores brasileiros no exterior superam três estados do país
A votação fora dos limites territoriais do Brasil é organizada pelo TRE-DF
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O número de eleitores brasileiros no exterior apresentou uma elevação de 39,2% neste ano em comparação com as eleições de 2018 e 96,8% em comparação com 2014. Ao todo, são 697 mil eleitores fora do Brasil, enquanto, na eleição passada, o número era de 500,7 mil, montante superior ao eleitorado de três estados: Acre (588.433), Amapá (505.106) e Roraima (366.240).
Apesar da ampliação, o Itamaraty eliminou 16 seções de votação fora das sedes de embaixadas e consulados. No entanto, foi registrado um acréscimo de 10 cidades nas quais os brasileiros poderão votar.
Uma das cidades em que não houve votação em 2018 é Amsterdã (Holanda). Agora, cerca de 10 mil eleitores vão poder exercer o direito ao voto no local. Enquanto isso, Roterdã, também na Holanda, que tinha 4.800 eleitores em 2018, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi retirada da lista neste ano.
Como explicou o Itamaraty, a exclusão dos 16 locais de votação ocorre por causa da experiência de 2018 nessas localidades, que "foi considerada negativa pelos postos e, em consequência, sua repetição foi desencorajada".
"Como justificativa, relatou-se, principalmente, dificuldades logísticas de deslocamento de material e transporte e baixo nível de comparecimento do eleitorado, não condizente com os altos custos operacionais necessários à implementação", informou.
O brasileiro que está fora do Brasil só pode votar para presidente da República. Segundo o TSE, eles vão poder exercer o direito em 181 cidades de 132 países. Só poderão participar do pleito o eleitor que solicitou a transferência do domicílio eleitoral para o exterior. O prazo terminou em 4 de maio.
A votação fora do Brasil é organizada pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal) em conjunto com consulados e embaixadas.