Com Auxilio Brasil, desigualdade cai para o menor nível em uma década
Segundo IBGE, indicador passou de 0,544 em 2021 para 0,518 em 2022
Foto: Agência Brasil
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira (11), mostram que a recuperação do mercado de trabalho e o pagamento do então Auxílio Brasil no valor de R$ 600 levou a população brasileira a experimentar uma melhora de vida em 2022. No ano passado, o nível de desigualdade chegou ao menor patamar em uma década.
O índice de Gini domiciliar per capita, responsável por medir a desigualdade, passou de 0,544 em 2021 para 0,518 em 2022, menor valor desde 2012, início da série histórica. O indicador varia de 0 e 1, onde quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade de renda e quanto mais perto de 1, maior é a desigualdade.
O levantamento mostra ainda que, em 2022, a renda do 1% mais rico (cuja renda domiciliar per capita é de R$ 17.447) era 32,5 vezes o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537). Em 2021, essa razão era de 38,4 vezes. A renda domiciliar per capita chegou a R$ 1.586, alta de 6,9% frente a 2021, quando havia registrado o menor valor (R$ 1.484) da série.
Rendimento
No ano passado, 134,1 milhões de brasileiros tiveram algum rendimento seja do trabalho, programas de transferências de renda, rentabilidade ou aposentadoria, o equivalente a 62% da população, recorde da série iniciada em 2012. Em 2021, esse percentual era de 59,8%.
Em 2022, o rendimento médio para os brasileiros com alguma renda chegou a R$ 2.533. No ano retrasado, o valor era R$ 2.483. De acordo com o IBGE, parte da melhora na renda teve relação com o aumento no valor do programa do Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família durante parte do governo Bolsonaro e cujo valor passou de R$ 400 para R$ 600 no segundo semestre de 2022.