Com novo depoimento marcado, Mauro Cid está na mira da PF por omissão e pode voltar à prisão
Na condição de delator, tenente-coronel tem a obrigação de dizer a verdade aos investigadores
Foto: Agência Brasil/Lula Marques
O tenente-coronel Mauro Cid será ouvido pessoalmente nesta quinta-feira (21) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi intimado a esclarecer contradições em depoimento anterior. As omissões atribuídas ao ex-braço-direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) podem o levar novamente à prisão e envolver familiares, como o pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid.
Mauro Cid está sob escrutínio da Polícia Federal (PF) e negou em depoimento prestado na terça-feira (19) ter conhecimento de um plano para um golpe de Estado em dezembro de 2022 que previa matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e Moraes.
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Na condição de delator, Cid tem a obrigação de dizer a verdade aos investigadores. Por isso, a PF quer saber se a “colaboração dele para de pé”. A investigação da PF aponta que Cid e o general da reserva Mário Fernandes, preso na terça-feira, trocaram mensagens sobre as supostas ações golpistas.