Combate ao alcoolismo: dependência, vigilância e informação
Confira o nosso editorial desta sexta-feira (18)
Foto: Divulgação/Pixabay
O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é celebrado nesta sexta-feira (18), instituído para conscientizar os brasileiros sobre o consumo excessivo de álcool e os males que a prática pode ocasionar.
Entre as principais consequências, o abuso do álcool, ao longo dos anos, lesiona o fígado, causando inflamação crônica e fibrose. De acordo com a medicina, quando a fibrose é muito extensa, as cicatrizes das lesões levam à cirrose. Nesses casos, a condição leva o paciente a necessitar de transplante.
O alcoolismo é uma doença crônica que atinge mais homens do que mulheres em todo o mundo, porém o panorama sofre alterações.
Existe, claro, muito preconceito, sempre – sempre originado da desinformação. É senso comum, e preconceituoso, achar que a pessoa que tem problema com a bebida alcoólica é por falta de caráter, por exemplo.
Ainda hoje é preciso escancarar os muitos canais de informação sobre o assunto, seja por meio do grupo de Alcoólicos Anônimos ou pelas políticas públicas, que buscam a redução de danos causadas pelo consumo excessivo da bebida.
Além disso, a prática entre as mulheres aumenta no país e a escassez de discussões colabora com o estigma da doença entre elas.
Nas últimas informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), antes da pandemia, o número de brasileiros que ingerem bebida alcoólica semanalmente subiu, e a alta foi impulsionada pelas mulheres, embora seja mais prevalente entre os homens. Em pouco mais de uma década, o consumo de álcool pela população feminina cresceu aproximadamente 30%.
Infelizmente, o Brasil ainda lida com visões machistas sobre muitos assuntos, como esse, o que torna essencial e urgente que a sociedade se debruce mais nesta questão.
Ser dependente é estar em vigilância. Um dia de cada vez. É necessário que os espaços para falar dos problemas específicos das mulheres sejam cada vez mais ampliados.