Começa nova etapa do programa que facilita entrada de brasileiros nos EUA
A notícia foi anunciada pelo governo federal nesta segunda-feira (07)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Governo Federal anunciou nessa segunda-feira (7) o começo de uma nova etapa do programa para permitir que viajantes brasileiros frequentes tenham entrada facilitada nos Estados Unidos. A opção não isenta as pessoas do visto.
Em comunicado, a Casa Civil e outros ministérios informaram que cidadãos brasileiros interessados podem se inscrever por meio do Global Entry. A iniciativa do governo americano é voltada para viajantes com histórico de ingressos frequentes nos Estados Unidos, seja a negócios ou a turismo.
Pelo programa, viajantes pré-aprovados e considerados confiáveis pelas autoridades americanas passam a ter a liberação agilizada no controle de passaportes, no momento da chegada aos EUA. Nos aeroportos, que serão previamente selecionados, os inscritos não precisam passar por oficiais de imigração e nem enfrentar filas, sendo deslocados diretamente para um quiosque automático.
A autorização é concedida pelo Serviço de Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês). Para participar, os inscritos aprovados pelo Global Entry precisam pagar uma taxa de US$ 100 (R$ 529). Além do Brasil, outros países fazem parte do programa de entrada facilitada, como a Argentina e a Colômbia.
"Uma vez aprovados, poderão fazer o trâmite de ingresso nos EUA em aeroportos selecionados de maneira desburocratizada, por meio de quiosques automáticos", afirmou o comunicado, assinado pelos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores e da Economia.
"O trâmite simplificado para viajantes brasileiros nos EUA estimulará contatos empresariais, interação cooperativa e turismo, fortalecendo as relações entre os dois países", segue a nota.
Desde março de 2020, o programa está na terceira fase. Para iniciar o processo, os brasileiros devem seguir o passo a passo indicado no site do CBP. A nova etapa inclui o cadastro em um sistema do Departamento de Segurança Interna dos EUA e o pagamento da taxa de US$ 100 não reembolsável.
Caso a inscrição seja aceita, as autoridades do programa realizarão entrevistas com os interessados, como acontece para a concessão do visto.
O ingresso no Global Entry era uma reivindicação antiga do setor privado brasileiro, que avalia ser uma medida fundamental para a integração das economias. No entanto, a adesão do Brasil ao programa foi dificultada devido à resistência das autoridades brasileiras em compartilhar com os americanos certas informações dos viajantes.