Conheça os ministros das Relações Exteriores, Institucionais e Desenvolvimento Social
Mauro Vieira, Alexandre Padilha e Wellington Dias são os escolhidos para comandar as pastas
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Mauro Vieira, Alexandre Padilha e Wellington Dias são os novos ministros das Relações Exteriores, Relações Institucionais e Desenvolvimento Social no novo governo, na respectiva ordem. Saiba mais sobre eles e suas experiências na trajetória política:
Mauro Vieira
Nascido no Rio de Janeiro, o novo ministro das Relações Exteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Mauro Luiz lecker Vieira, de 71 anos, é bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense e diplomata de carreira, formado pelo Instituto Rio Branco, ele foi chefe de gabinete da Secretaria-Geral de Relações Exteriores.
Entre os anos de 1982 e 1985 serviu na Missão do Brasil junto à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) em Montevidéu, Uruguai e chegou a trabalhar na embaixada do Brasil na Cidade do México entre 1990 e 1992 e na embaixada em Paris de 1995 a 1999.
Mauro Vieira foi embaixador do Brasil na Argentina de 2004 a 2010, durante o governo Lula. E, em 2005, foi promovido pelo então presidente ao grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito Militar.
Após ser exonerado do cargo, ele foi nomeado embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2010 e 2015. Ainda em 2015, retornou ao Brasil e foi indicado para assumir o Ministério das Relações Exteriores de Dilma Rousseff. No entanto, logo depois foi exonerado após o impeachment da ex-presidente.
No ano de 2016, ele retornou ao governo, ao ser nomeado pelo ex-presidente Michel Temer para o cargo de representante permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).
O último cargo de Mauro Vieira foi como embaixador do Brasil na Croácia, entre 2018 e 2022, quando foi designado ao trabalho pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Vieira é considerado um dos mais experientes diplomatas em atuação.
Alexandre Padilha
O deputado federal reeleito Alexandre Padilha (PT) é o escolhido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar a Secretaria de Relações Institucionais, que é responsável pela articulação política do governo.
Padilha tem 51 anos, é paulista e médico infectologista formado pela Unicamp. Ele voltará a exercer a função que já desempenhou em 2009, durante o segundo mandato de Lula na Presidência.
Além de ministro das Relações Institucionais, o político também já foi ministro da Saúde no governo de Dilma Rousseff entre 2011 e 2014. Ele foi responsável pela implantação do Programa Mais Médicos, que tem o objetivo de aumentar o número de profissionais da rede pública de saúde nas regiões mais carentes do país.
Padilha também fez parte de grandes marcos do governo Lula no segundo mandato, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Depois de ter passado pelo governo federal, ele chegou a concorrer ao Governo de São Paulo nas eleições de 2014, mas foi derrotado por Alckmin, atual vice-presidente na chapa de Lula.
Nas eleições seguintes, ele foi eleito deputado federal por São Paulo, pelo PT, com 87 mil votos.
Wellington Dias
O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT) foi o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social. Formado em Letras Portuguesas pela Universidade Federal do Piauí, ele também tem especialização em políticas públicas e governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Com 60 anos, o novo ministro já foi governador por quatro mandatos no Piauí, sendo o primeiro entre 2003 e 2010, e o segundo, entre 2014 e 2022. Na última eleição, ele foi eleito senador, cargo que já ocupava no intervalo entre seus governos estaduais.
Em 1992, ele foi eleito pela primeira vez como vereador em Teresina. Em 1999, alcançou a política nacional, quando foi eleito deputado na Câmara.
Durante a pandemia, Dias atuou como coordenador do Fórum Nacional de Governadores e articulou a compra de vacinas e outros equipamentos de forma independente do governo federal em consórcio com outros estados.
Estimativas do comitê científico do Consórcio Nordeste, liderado por Dias em 2021, os estados nordestinos tiveram menos registros de mortes do que a média nacional por conta das ações de combate à pandemia empreendidas na região. E, por causa da atuação, ele foi reconhecido por um prêmio de servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2021.
Wellington Dias, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1985, também é escritor e autor de cinco obras literárias. Além disso, o novo ministro é casado com a deputada federal Rejane Dias com quem tem três filhos: Iasmin, Vinícius e Daniely.