Conselho de Ética abre processos contra deputadas por chamar apoiadores do marco temporal de "assassinos"
As deputadas processadas alegam que agiram alvo de machismo
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O Conselho de Ética da Câmara abriu nesta quarta-feira (14), processos para apurar a conduta de seis deputadas que chamaram de "assassinos", os parlamentares que apoiaram a aceleração do projeto do marco temporal.
"Assassinos do nosso povo indígena! Vocês são assassinos do nosso povo! E você está colocando esse projeto contra o nosso povo indígena. Assassinos", diz a representação.
As representações foram protocoladas pelo PL, e o partido argumenta que a conduta "extrapola" a imunidade parlamentar.
As deputadas que fazem parte do processo são Sâmia Bonfim (Psol-SP), Juliana Cardoso (PT-SP), Célia Xacriabá (Psol-MG), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Fernanda Melchionna (Psol-RS).
Das citadas, Juliana Cardoso é a única que já responde a um processo no Conselho sobre o mesmo episódio.
As deputadas chegaram a afirmar que os gritos contra os apoiadores do marco temporal também foram proferidos por homens, mas nenhum deles foi citado no pedido do PL.
Por este motivo, Sâmia Bonfim disse que os parlamentares precisam definir se a Câmara é a "Câmara do machismo".
"Acho que a Câmara tem que definir se é a Câmara Federal ou Câmara do machismo, porque é disso que se trata mais uma vez”, afirmou.