Contas bancárias de Mauro Cid são movimentadas após prisão
Mesmo detido, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro registra movimentações financeiras no Brasil e no exterior
Foto: Geraldo Magela/Agência Brasil
Apesar de ter sido preso em maio, as contas bancárias de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, continuaram a registrar movimentações tanto no Brasil quanto no exterior. Os dados revelam uma série de transações financeiras misteriosas. Em um curto período após sua prisão, em 9 de maio, uma conta de Mauro Cid no Banco do Brasil teve um resgate de R$ 15 mil de um fundo chamado LP High, apenas seis dias após sua detenção. Uma semana depois, mais R$ 100 mil foram retirados do mesmo fundo.
Em 2 de junho, as movimentações financeiras se tornaram ainda mais significativas. As contas do tenente-coronel registraram resgates de R$ 71 mil do fundo LP High e de R$ 33,5 mil do fundo Tesouro Celic, totalizando R$ 104,5 mil em saques enquanto estava na prisão. Uma transação financeira internacional também chama a atenção. Em 25 de julho, Mauro Cid enviou US$ 34,3 mil, equivalente a R$ 161 mil, de uma conta no banco Wells Fargo Bank, nos Estados Unidos, para sua conta no Brasil.
O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, foi procurado para comentar as movimentações das contas bancárias, mas declarou que não fará declarações sobre quem realizou essas transações e com qual objetivo. As movimentações financeiras continuam sendo alvo de investigação e geram questionamentos sobre como conseguiu acessar e movimentar essas contas enquanto estava sob custódia.