Covid-19: Embarque de insumos da CoronaVac para o Brasil está previsto para a próxima semana
Falta de matéria-prima importada para Butantan pode atrasar a vacinação
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A China enviará novos lotes com matérias-primas necessárias para continuar a produção no Brasil da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Instituto Butantan no fim deste mês e no início de fevereiro. Atrasos no envio de insumos para a produção de 20 milhões de doses da CoronaVac podem colocar em xeque o calendário e o andamento da campanha de vacinação no país. A informação é do jornal O GLOBO.
Na última segunda-feira (19), o diretor do Butantan, Dimas Covas, manifestou preocupação com o atraso na entrega dos insumos da vacina chinesa. Segundo as fontes, a demora se deve a questões burocráticas de exportação, não à escassez de insumos.
Embora a vacinação emergencial contra a Covid-19 na China venha ocorrendo desde o meio de 2020, com o surgimento de um novo surto, o governo deu início a um plano mais amplo no início deste ano voltado a nove grupos de risco. No Brasil, o início da vacinação foi marcado pela incerteza sobre as doses, com secretários estaduais estimando que o estoque dure apenas uma semana.
Até o momento, o Brasil ainda não conseguiu importar da Índia 2 milhões de doses da vacina da Astra Zeneca/Oxford. Além disso, não há nenhuma previsão para a chegada dos insumos da China para a fabricação do imunizante pela Fiocruz. Para a CoronaVac, a expectativa é de que os próximos lotes de insumos a serem entregues ao Butantan totalizem 11 mil litros, o que seria suficiente para produzir cerca 20 milhões de doses. Os próximos embarques estão previstos para a próxima semana.
Dimas Covas afirmou, em coletiva na última segunda (18), que as matérias-primas já estão prontas para envio “desde meados deste mês”, e que a partida depende da autorização do governo chinês.