Política

Críticas de Lula sobre guerra entre Rússia e Ucrânia desagradam aos EUA

Americanos se surpreenderam com a forma como o mandatário brasileiro se referiu aos EUA

Por Da Redação
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Críticas de Lula sobre guerra entre Rússia e Ucrânia desagradam aos EUA

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Integrantes da diplomacia americana mostraram incômodo com as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos durante sua viagem à China. O mandatário brasileiro disse, na noite de sexta-feira (14), que os EUA não querem a paz, ao se referir à guerra entre Rússia e Ucrânia. Lula disse ainda que os EUA deveriam parar de fornecer armas a Kiev. 

Segundo o jornal O Globo, um integrante da diplomacia americana declarou que não há problema em Lula viajar para outros países e estabelecer parcerias estratégicas. Porém, causou "surpresa" a forma como o mandatário brasileiro se referiu aos EUA.

O integrante disse ainda que o Brasil,  caso mantenha uma postura neutra "e agir como um líder global", pode ter um papel importante em uma negociação de paz para a resolução do entre Rússia e Ucrânia. No momento, porém, a conclusão das autoridades dos EUA é que o governo brasileiro apoia a Rússia.

A fonte do O Globo cita que Lula já falou “várias vezes” com o presidente da Rússia Vladimir Putin e apenas uma vez com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O membro do governo americano afirma que os comentários de Lula “são unilaterais, desinformados e não construtivos”.

Essa fonte enfatizou que, ao dizer que EUA e União Europeia não querem a paz, Lula repete a “propaganda russa e chinesa favorável a Moscou”. O governo dos EUA alega que americanos e europeus, desde o início, tentaram evitar a guerra, mas foram desprezados.

O presidente Lula também citou o uso do dólar e defendeu o uso de uma moeda única entre países dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os americanos alegam que o dólar é uma moeda estável e que conta com garantias e credibilidade internacional, enquanto o dinheiro chinês, o RMB, não é tão atrativo, visto que Pequim restringe o fluxo de capitais.

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