Cultura sem sair de casa
Confira o nosso editorial deste domingo (22)
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Foto: Reprodução
Visitar museus é uma experiência única. É a oportunidade se ver in loco objetos históricos, alguns milenares, ou se deparar com a estética arrebatadora de uma obra de arte. É num museu que a sociedade aprende sobre a memória dos antepassados, seus hábitos e crenças, além de tirar lições que servem ao futuro. Esta dinâmica enriquecedora, no entanto, deve ser resguardada até o fim da pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) e, a melhor alternativa para não se distanciar da cultura, é fazer visitas virtuais nestes espaços – do Brasil e ao redor do mundo.
O mais importante da França e um dos maiores do mundo, inaugurado no século 18, o Louvre, em Paris, oferece
atualmente três tours virtuais gratuitos, com direito a ter visão de 360 graus do interior das salas.
Tem a impressionante coleção do Egito antigo e a impactante Galeria d’Apollon, famosa por seus altos tetos abobadados com decorações pintadas. Pode-se ainda fazer uma visita pelo fosso do Louvre – o local, antes de ser um museu, era uma fortaleza, construída pelo então rei francês, Felipe Augusto. É possível percorrer, virtualmente, pelo perímetro original do fosso. Acesse: http://www.louvre.fr/en/visites-en-ligne.
Da França à Itália, os museus do Vaticano (www.museivaticani.va) são outras opções de visita nestes tempos de reclusão social e quarentena. Os Museus do Vaticano nasceram com as obras privadas de Julius II, que quando foi eleito Papa em 1503, transferiu sua coleção para o Pátio Ottagono. Entre as obras estão o Apollo del Belvedere, a Venus feliz, o Nilo, o rio Tevere, a Arianna Adormecida e o grupo Laocoonte e seus filhos. A Capela Niccolina e Sala dos “Chiaroscuri” são apenas duas das visitas online possíveis no espaço.
Madri, a capital da Espanha, abriga outro monumental museu, do Prado (www.museodelprado.es), um dos mais procurados por turistas na Europa e que existe há 201 anos. Foi inaugurado em 19 de novembro de 1819 com 311 pinturas. Atualmente, traz coleção de mais de 5 mil itens de artistas como Velazquez, Goya, El Greco, Rembranbdt e Rafael. Pioneiro em disponibilizar parte do acervo online, o Prado abriga a expressiva obra “As Meninas”, de Diego Velázquez.
Ainda na Itália tem a Pinacoteca de Brera (https://pinacotecabrera.org), em Milão, criada em 1809. Lá está o esplendor da arte italiana e o talento de alguns dos seus principais mestres em mais de 400 obras: tem “O Casamento da Virgem” de Rafael, “A Ceia em Emaús” de Caravaggio, o “Ritrovamento del corpo di San Marco” de Tintoretto, a “Lamentação sobre o Cristo Morto de Mantegna”, a “Sacra Conversazione” de Piero della Francesca, entre outras.
Em Florença, é possível conhecer de casa a Galeria Uffizi (www.uffizi.it/mostre-virtuali), que tem sempre filas quilométricas durante o ano todo. Não à toa, é outro espaço italiano recheado de obras de Leonardo da Vinci, Botticelli e Caravaggio, para citar alguns.
Igualmente imperdível é o Museu Arqueológico Nacional de Atenas (www.namuseum.gr), na Grécia, um dos mais importantes museus de antiguidades do mundo, com uma vasta coleção de artefatos e obras de arte da civilização grega desde os seus primórdios até o fim da era romanizada. Pelo tour virtual é possível conhecer mais de 1100 coleções.