Defesa de Moro defende apuração de 'circunstâncias anormais' da exoneração de Valeixo da PF
Exoneração de Valeixo é o motivo da demissão do ex-ministro
Foto: Agência Brasil
Os advogados do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, divulgaram uma nota nesta segunda-feira (25), para defender a apuração de "circunstâncias anormais" na publicação da exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.
A exoneração de Valeixo, com a assinatura de Moro e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi publicada no dia 24 de abril no "Diário Oficial da União". Contudo, no mesmo dia, Moro disse que não assinou o documento. A exoneração foi publicada novamente sem a assinatura de Moro, somente com as assinaturas de Bolsonaro e de outros ministros.
Na manhã de hoje (25), a Secretaria-Geral da Presidência enviou um ofício à Polícia Federal no qual confirmou a versão de Moro, informando que o então ministro não assinou a exoneração de Valeixo.
"A respeito do decreto de exoneração do ex-diretor-geral da Polícia Federal, dr. Maurício Valeixo, a defesa do ex-ministro Sérgio Moro informa que não houve coleta de assinaturas físicas nem eletrônicas de nenhuma das autoridades com atribuição para o ato. O ex-ministro não foi previamente consultado sobre a exoneração, com a qual, inclusive, ele não concordou. É preciso, portanto, a apuração das circunstâncias anormais envolvidas na publicação oficial", afirmou a defesa de Moro.
A exoneração levou Moro a pedir demissão do cargo de ministro. Na ocasião, ele afirmou que Bolsonaro havia tentado interferir na PF ao demitir Valeixo e ao cobrar a substituição do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro, o que o presidente nega.