Defesa do hacker Walter Delgatti pede que ele fique em silêncio na CPI dos Atos de 8 de janeiro
Delgatti voltou a ser investigado pela PF pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
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A defesa do hacker Walter Delgatti, acusado de acessar mensagens de autoridades da Operação Lava Jato, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o "silêncio absoluto" do cliente diante de perguntas que possam incriminá-lo durante depoimento à CPI do 8 de janeiro.
Os advogados também solicitaram que ele não sofra ameaças ou constrangimentos, e caso isso ocorra, que seja assegurado o fim do depoimento. Delgatti deve depor esta quinta-feira (17), no Senado.
Conhecido como o "hacker de Araraquara", Delgatti voltou a entrar na mira da Polícia Federal (PF) em janeiro deste ano pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a inclusão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O suspeito disse à PF que o ofício foi redigido pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) e que a invasão foi solicitada por ela para demonstrar a fragilidade dos sistemas. Ele conta que chegou até a ser levado por Zambelli ao Palácio da Alvorada, onde encontrou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em agosto de 2022.