Digitalização: bancos tradicionais fecharam 2,5 mil agências em 3 anos
Movimento levou ao desemprego mais de 14 mil bancários
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
A acelerada digitalização do setor bancário está tornando obsoletas as agências bancárias. Segundo um levantamento da Ável Investimentos, com base em dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal fecharam juntos 2.563 agências de 2020 a 2022. Somente no primeiro trimestre deste ano, 256 unidades foram encerradas.
O levantamento aponta ainda que esse movimento levou ao desemprego mais de 14 mil bancários. Embora algumas pessoas, como idosos e grupos vulneráveis, não estejam acostumadas com tecnologia, o Banco Central não estabelece um número mínimo de agências por região para os bancos tradicionais. Atualmente, a maioria das operações dos clientes é realizada online.
O Banco do Brasil, que no ano passado abriu mais agências que fechou, já possui 93,1% das operações dos clientes realizadas por meio dos canais digitais. No Bradesco, com 98% das transações digitais, um novo modelo de atendimento está transformando parte das agências em unidades de negócios. Isso inclui tanto alteração do tamanho do espaço físico ocupado até unificação de unidades.
O Santander transformou algumas agências em estabelecimentos multiuso em 12 cidades, enquanto o Itaú pretende modernizar toda a rede de atendimento até 2025. A Caixa é o único banco que mantém e abre unidades tradicionais, principalmente para atender a idosos e beneficiários de programas sociais. Ao todo, a rede da Caixa inclui 4,3 mil agências e postos de atendimento, 22,6 mil lotéricos e correspondentes.