Economia

Dívida mundial atinge recorde de 310 trilhões de dólares ao final de 2023

Economias como Brasil enfrentam dilemas fiscais enquanto os déficits orçamentários persistem

Por Da Redação
Ás

Dívida mundial atinge recorde de 310 trilhões de dólares ao final de 2023

Foto: Imagem ilustrativa | Pexels

O ano de 2023 encerrou com um marco histórico no cenário econômico global. A dívida mundial atingiu o patamar recorde de quase 310 trilhões de dólares, refletindo um aumento significativo nas obrigações financeiras dos países. Estados Unidos, China, Japão, França e Brasil destacam-se entre os principais contribuintes para esse recorde, acumulando uma dívida conjunta de 88,1 trilhões de dólares. As informações são da Veja.

A teoria econômica clássica destaca a gestão prudente da dívida pública como crucial para a estabilidade econômica. Exemplos bem-sucedidos incluem Alemanha e Canadá, que mantiveram políticas fiscais responsáveis. No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca elevar a confiança na responsabilidade fiscal, mas desafios persistem diante da ambiciosa meta de zerar o déficit no próximo ano.

O Brasil, atingindo uma dívida pública federal de 6,2 trilhões de reais em outubro, enfrenta desafios significativos. O aumento reflete não apenas a magnitude do endividamento, mas também a complexidade das questões fiscais. O custo médio para financiar essa dívida ressalta a pressão sobre os recursos públicos, deixando em aberto o alcance efetivo das metas propostas para a estabilidade financeira.

Nos últimos 20 anos, as maiores economias globais testemunharam um aumento significativo na dívida pública em relação ao PIB. Perspectivas indicam que o crescimento econômico permanecerá relativamente baixo nos próximos anos, enquanto as previsões apontam déficits orçamentários persistindo em níveis elevados.

Diante desse cenário, os países enfrentam um dilema: impulsionar o crescimento econômico ou realizar superávits primários para reduzir a dívida. Para o Brasil, com alta dívida e riscos consideráveis, o aumento do juro de equilíbrio pressionará o Banco Central a adotar políticas de juros mais elevados, dificultando o avanço econômico.

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