Dores no corpo podem ser sintomas de Covid longa, segundo estudo
As dores mais recorrentes são de cabeça, articulações e estômago
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Um estudo produzido por pesquisadores da University College London (UCL) mostrou que diferentes tipos de dores podem ser sintomas de pessoas com Covid Longa. O estudo mostrou que 26,5% dos participantes apresentaram os sintomas.
A Covid longa é definida pela persistência de sintomas da doença por mais de quatro semanas após o fim da infecção. Entre as pessoas infectadas pela doença, de 10% a 20% apresentam sintomas de Covid longa, conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). No Brasil, um estudo produzido pela Fiocruz mostrou que 50% das pessoas que tiveram covid apresentaram sintomas pós-infecção.
O estudo analisou mais de mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales que registraram os sintomas em um aplicativo no período entre novembro de 2020 e março de 2022. A maioria dos participantes relatou dores, principalmente dores de cabeça, articulações e estômago.
Outros sintomas foram relacionados a questões neuropsicológicas, como ansiedade e depressão (18,4%), fadiga (14,3%) e falta de ar (7,4%). A intensidade dos sintomas aumentou 3,3% a cada mês desde o início da pesquisa.
Os pesquisadores também identificaram influência de fatores demográficos e de gênero. Pessoas entre 68 e 77 anos apresentaram 32,8% sintomas mais intensos. Mulheres também relataram 9,2% sintomas mais intensos do que em homens. A etnia também foi um fator relevante, pacientes não brancos apresentaram 23,5% sintomas intensos.
A condição socioeconômico também influenciou na intensidade dos sintomas. Participantes de áreas mais carentes relatam sintomas mais fortes. Porém, o número de sintomas não teve variação segundo o perfil socioeconômico.