Editorial

É preciso falar de bem-estar emocional

Confira o editorial deste sábado (18)

Por Erick Tedesco
Ás

É preciso falar de bem-estar emocional

Foto: Divulgação

Dados de duas principais psicopatologias (doenças psicológicas) que afetam o brasileiro mostra a relevância de se falar e cuidar do bem-estar emocional, impulsionado pela campanha do Janeiro Branco e que carece de manutenção diária: em média, 9,3% da população (cerca de 18,6 milhões) sofrem com ansiedade, e ao menos 5,8% da população (11,5 milhões de pessoas) com depressão, fora outros transtornos mentais. 

O Janeiro Branco, mesmo que abordado aqui no Farol da Bahia no meio do mês, é um alerta, e ao mesmo tempo um incentivo, para se prestar atenção na rotina e em cada elemento do cotidiano, no intuito de refletir sobre o que faz bem e o que faz mal. A saúde mental é um bem-estar que independe apenas do corpo perfeito, de dinheiro ou de bens materiais. 

A autocrítica, por certo, está nas entrelinhas da campanha, que aponta um momento consigo mesmo para cuidar das emoções, avaliar cada atitude e como cada movimento e pensamento impacta no cotidiano. 

Tem, mesmo, um caráter didático e não toa os psicólogos chamam movimentos como o Janeiro Branco de “psicoeducação”, enfatizando um necessário processo de educar a sociedade que cuidar da saúde mental está totalmente desprendido do que antes era pejorativamente apontado como “coisa de louco”. 

Apesar de sugerir uma profunda análise sobre a qualidade de vida, não existe uma fórmula para atingir o nível ideal de sanidade, de espiritualidade – chame como quiser. O ponto de partida, como em iniciativas semelhantes, vide Outubro Rosa ou Novembro Azul, é a prevenção. Melhor cuidar do bem-estar emocional antes que doenças se instalem. 

É fácil olhar ao redor é perceber o que leva o indivíduo a sofrer de ansiedade, ou num quadro clínico mais avançado, a ter depressão: discussões no ambiente de trabalho ou em casa, o trânsito caótico e desgovernado por pessoas irresponsáveis, a má educação das pessoas, a desgastante polarização política do país, eventuais dificuldades financeiras etc. É preciso olhar para si mesmo e ir atrás da tão almejada harmonia interior.

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