Eike Batista e Sérgio Cabral têm R$ 195 milhões bloqueados pela Justiça
Medida busca reaver recursos públicos desviados em suposto esquema de corrupção, no qual o empresário e o ex-prefeito do Rio de Janeiro são investigados

Foto: Tomaz Silva
O pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) do Rio de Janeiro para bloquear R$ 195,6 milhões do ex-governador Sérgio Cabral, do empresário Eike Batista e empresas ligadas ao seu nome, além de bens de outras pessoas, foi acatado pela Justiça do estado. O bloqueio é referente a uma ação de improbidade administrativa, busca reaver recursos públicos desviados em suposto esquema de corrupção, no qual são investigados, e evitar que os réus se desfizessem destes recursos.
De acordo com a determinação judicial, por meio da liminar desferida no último domingo (12) pela juíza Aline Maria Gomes Massoni da Costa, da 4ª Vara de Fazenda Pública Estadual, R$ 192,6 milhões de Cabral, Eike, Flavio Godinho, Wilson Carlos e da Centennial Asset Mining Fund foram bloqueados referentes ao desvio de US$ 16,5 milhões feitos ao exterior, entre 2011 e 2013.
A procuradoria explica que a transação aconteceu na forma de um contrato fictício de intermediação na aquisição de uma mina entre uma empresa de Eike e uma offshore de fachada, supostamente de Sergio Cabral. Segundo o processo, outros R$ 3 milhões foram bloqueados de Cabral, Eike, Adriana Ancelmo (mulher de Cabral), Flavio Godinho e EBX Holding Ltda, também por causa de um contrato fictício que envolve os investigados.
Em nota à imprensa, a defesa de Cabral afirma que o ex-governador “está à disposição das autoridades”, tanto para reparar eventuais danos como esclarecer questões sobre seu mandato à frente do Estado. Menos diplomática, a defesa de Eike destaca que a ação de improbidade administrativa é uma “aberração jurídica sofrida pelo seu cliente”, e que o empresário terá a inocência provada em julgamento de segunda instância.