Eleições 2024: a menos de um ano para a disputa, entenda o cenário da corrida pela prefeitura de Salvador
Eleitores devem escolher entre Bruno Reis e Geraldo Júnior
Foto: Farol da Bahia
A menos de um ano das eleições municipais de 2024, os bastidores da política baiana estão movimentados, especialmente em relação à corrida pela prefeitura de Salvador. Tanto os partidos da base do prefeito Bruno Reis (União Brasil) quanto os da oposição estão se organizando para apresentar nomes e alianças sólidas para a disputa.
Enquanto as discussões políticas ainda estão em andamento, o cenário da base do prefeito parece mais consolidado. Bruno Reis, mesmo que ainda não confirmado para disputar a permanência no Palácio Tomé de Sousa, é considerado o favorito. A grande dúvida nesse arranjo é a permanência da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) na chapa.
No entanto, ela é vista como uma forte candidata a permanecer nesse quadro, apesar do interesse demonstrado pelo deputado federal e ex-secretário municipal da Saúde, Leo Prates. O PDT na Bahia, inclusive, está pressionando pela oficialização de Ana Paula na chapa de Bruno e já declarou que ela é a indicação oficial do partido.
Em relação às alianças, a base do prefeito já comemora publicamente o apoio de alguns aliados. Um deles é o vereador Carlos Muniz (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS), que resolveu colocar um fim nos rumores sobre apoiar um candidato e amigo da oposição e anunciou que estará ao lado de Bruno na eleição.
Além disso, o PP confirmou a permanência ao lado do prefeito, mesmo após ter deixado o PT no ano passado e cogitado retornar aos braços do governador Jerônimo Rodrigues. A base de Bruno também pode contar com o apoio de um novo partido, o PL. De acordo com o líder do governo na Câmara de Vereadores, Kiki Bispo (União Brasil), as conversas com o presidente da sigla na Bahia, João Roma, estão avançando.
Diferentemente de como agiu seu padrinho político ACM Neto (União Brasil) nas eleições do ano passado, Bruno não parece se intimidar em alinhar a candidatura ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto isso, na oposição, surgiram possíveis nomes para a disputa, como o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Zé Trindade, e o deputado estadual Robinson Almeida (PT), que chegou a ser oficializado como pré-candidato petista.
No entanto, como já noticiado pelo Farol da Bahia, o PT está prestes a oficializar apoio à candidatura do vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior (MDB). O emedebista, que já foi aliado de Bruno Reis, é considerado o único nome com força para enfrentar o atual prefeito.
Segundo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o PT ocupará a posição de vice na chapa liderada por Geraldo. Nos bastidores, circula a informação de que o PT indicará Fabya Reis para o cargo.
Neste cenário, ainda com algumas incertezas, a oposição parece menos consolidada. Além de não contar com o apoio do PP, o diretório baiano do PSOL, que faz parte da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), optou por entregar cargos e romper com o chefe do Palácio de Ondina. O PSOL, inclusive, já lançou a pré-candidatura de Kleber Rosa à prefeitura da capital baiana para o próximo ano.
Outro desafio para a oposição é a necessidade de construir uma imagem forte, com populismo. Apesar do apoio de Lula, o candidato a prefeito da oposição precisa ser apresentado o quanto antes para a população, visto que Bruno tem vantagem de já ser conhecido.