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Em carta enviada a Alckmin, Mantega renuncia à equipe de transição do governo Lula

Ex-ministro alegou que adversários querem "tumultuar" e gerar dificuldades para o novo governo

Por Da Redação
Ás

Em carta enviada a Alckmin, Mantega renuncia à equipe de transição do governo Lula

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega anunciou nesta quinta-feira (17) a sua renúncia à equipe de transição do governo Lula, em carta endereçada ao coordenador e vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Mantega informou que o motivo da sua demissão seria devido à intenção dos adversários de "tumultuar" e "criar dificuldades para o novo governo".

Alckmin anunciou o nome de Mantega para o grupo responsável pelo orçamento e gestão na última semana. Após a notícia de que Mantega faria parte da transição, o partido Novo disse que iria à Justiça para impedir a participação do ex-ministro. Por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), Guido está impedido de assumir função pública por 8 anos, prazo que começou a ser contado em 2022, devido ao caso das pedaladas fiscais.

Por causa da decisão do TCU, a qual Mantega classificou como "injusta" na carta que enviou a Alckmin, a sua participaria se daria de forma voluntária. Também em 2016, Guido foi detido temporariamente pela Operação Lava Jato sob acusação de solicitar ao empresário Eike Batista o repasse de R$ 5 milhões ao PT para pagar dívidas de campanha. A prisão foi revogada no mesmo dia pelo então juiz Sergio Moro.

Confira a carta enviado por Mantega a Alckmin na íntegra:

 

São Paulo, 17 de novembro de 2022.

Prezado Vice-presidente
Geraldo Alckmin
Coordenador Geral da Equipe de Transição

Aceitei com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula.

Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na Equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.

Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.

Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da Equipe de Transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.

Agradecendo a confiança,

Atenciosamente,

Guido Mantega

 

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