Em carta, ministro da Defesa diz ao TSE que Forças Armadas não se sentem 'prestigiadas'
Ofício cobra discussão das sugestões enviadas sobre urnas eletrônicas nas eleições deste ano
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, enviou nesta sexta-feira (10) uma carta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, em que afirma que as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas por atenderem ao convite do TSE para integrar a Comissão de Transparência das Eleições (CTE).
No documento, a pasta destaca que 'as sete sugestões de propostas precisam ser debatidas pelos técnicos'.
Nogueira de Oliveira ressalta ainda que as Forças Armadas foram elencadas como "entidades fiscalizadoras, ao lado de outras instituições, legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização do sistema eletrônico" pelo TSE e que se busca “aperfeiçoar a segurança e a transparência do processo eleitoral, mitigando ao máximo as possibilidades de ataques cibernéticos, falhas e fraudes, que podem comprometer as eleições”.
O convite para participar do CTE partiu do ex-presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso. No texto, o militar insiste que foram identificadas possíveis melhorias com o objetivo de trabalhar para proteger o processo eleitoral e fortalecer a democracia. E destaca que “fundamental é que secreto é o exercício do voto, não a sua apuração”.
O ministro da Defesa também diz que não interessa às Forças Armadas "concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores" e que “transparência permite à sociedade conhecer e aceitar o nível de segurança do processo eleitoral diante de eventuais riscos. E aponta a preocupação com "possibilidades de ataques cibernéticos, falhas e fraudes, que podem comprometer as eleições.”
Em maio, o TSE respondeu os questionamentos a respeito das urnas e rebateu as recomendações militares.