Em livro, Cunha diz que Temer foi o "militante mais atuante" no impeachment de Dilma
Publicação com detalhes do processo deve ser lançado em abril
Foto: Reprodução/Jornal de Brasília
O ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, relata em seu livro "Tchau Querida, O Diário do Impeachment", que será lançado em abril , que o primeiro pedido de impeachment contra Dilma Rousseff (PT) no ano de 2016 partiu do então deputado e atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (Sem partido). “O primeiro pedido de impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados, Bolsonaro foi o único que recorreu”, conta.
A trama terá como personagem principal o então vice-presidente, Michel Temer (MDB-SP), que, segundo Cunha, “simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta”. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido impeachment”. Cunha ainda conta na obra, que tem 740 páginas, que o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que hoje disputa a presidência da Câmara, articulou contra a presidenta. Baleia hoje é candidato de Rodrigo Maia (DEM) e conta com o apoio do PT na disputa contra Arthur Lira, candidato de Jair Bolsonaro, ao comando da casa.