Em novo corte, MEC recolhe R$ 220 milhões das universidades federais
O reitor da UFJF, Marcus Vinicius David, destacou que essa retirada aprofunda a crise nas instituições
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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou na última quinta-feira (9) que R$ 220 milhões serão recolhidos do orçamento discriminado das universidades federais.
"O MEC informou que metade dos 7,2% ainda bloqueados, o equivalente à 3,2% do orçamento discricionário, será remanejada para outros órgãos para pagamento de despesas obrigatórias, representando uma perda de mais de R$ 220 milhões em nossos orçamentos", ressaltou a Andifes.
Por meio de nota, o presidente da associação, o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinicius David, destacou que essa retirada aprofunda a crise nas instituições.
"A situação que já era bastante preocupante, agora se torna insustentável. A Andifes trabalha para a reversão total do bloqueio, e vai agora redobrar esforços para obter a recomposição do valor cortado e o desbloqueio do valor ainda bloqueado, sem os quais fica inviável para as universidades manterem seus compromissos e atividades neste ano", afirmou David.
Na noite da última sexta-feira, o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, afirmou que o bloqueio do orçamento na pasta, decretado pelo governo há duas semanas, havia sido cortado pela metade. Dessa forma, o índice de 14,5% havia caído para 7,2%.
Ainda segundo Andifes, parte desses 7,2% foi repassado para outros órgãos, destinando ao pagamento de despesas obrigatórias. Sendo assim, as universidades federais não terão esses R$ 220 milhões liberados novamente.
Essa verba é essencial para o funcionamento das universidades, já que as despesas de água, luz, segurança, manutenção, investimentos em pesquisa e bolsas e auxílios a estudantes carentes, são pagas com ela.