Política

"Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia", afirma Barroso

Declaração foi dada durante entrevista ao jornal norte-americano "The New York Times"

Por Da Redação
Ás

Atualizado
"Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia", afirma Barroso

Foto: Antonio Augusto/secom/TSE

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante entrevista ao jornal norte-americano "The New York Times", comentou que o Corte está "fazendo uma defesa vigorosa da democracia" devido à ação contra o movimento que ele disse ser "global, radical e de extrema-direita" que fere instituições, promove desinformação e pode ter tentado um "golpe" de Estado no Brasil. 

A reportagem do jornal "The New York Times", foi ao ar na quarta-feira (16). "Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia. E nós desempenhamos esse papel de enfrentar um movimento que considero global, radical e de extrema-direita, de ataque às instituições, que circula desinformação e continua sendo investigado, talvez tenha até tentado um golpe", comentou o magistrado.

Ele também relatou que a democracia brasileira "resistiu a tempestades" e comparou com outros países que foram ao colapso do estado democrático de direito. "Aqui, o Supremo Tribunal não permitiu que isso fosse à frente", destacou o ministro. 

Barroso ainda ressaltou que as investigações sobre atos do 8 de janeiro e a suposta tentativa de golpe de Estado estão para serem finalizadas, já que por sua vez "quase tudo o que precisava ser apurado já foi". "Cabe ao procurador-geral [Paulo Gonet] apresentar a denúncia", pontuou.

O ministro ainda refutou a ideia de que sejam "censura" e afirmou que uma democracia jovem como a brasileira "precisa se proteger" contra o extremismo, a intolerância, a agressão verbal, o discurso de ódio e a violência física. Além disso, o magistrado defendeu a atuação do Supremo no Caso X, que "nada tem a ver com liberdade de expressão".

"A legislação brasileira prevê que empresas estrangeiras que operam no Brasil devem ter representantes no Brasil. O que o X fez? Retirou seus representantes. Portanto, cometeu um ato ilegal e, assim, não pôde operar no Brasil", finalizou Barroso.
 

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