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Estudo mostra que lava de vulcão fertiliza e regenera a vida do oceano

Após três anos da erupção do Tagoro, vida marinha se recuperou completamente

Por Da Redação
Ás

Estudo mostra que lava de vulcão fertiliza e regenera a vida do oceano

Foto: Berdan Mardinly /Pixabay

Um estudo do Instituto Espanhol de Oceanografia e da Universidade de Las Palmas, em Gran Canaria, concluiu que a lava incandescente concluiu que, apesar de ter feito devastador, isso só acontece a médio prazo, visto que o magma funciona como um fertilizante no mar. A pesquisa analisou o caso do vulcão Tagoro, nas Ilhas Canárias, e observou que a vida marinha se recuperou três anos após a erupção do vulcão.  

O vulcão Tagoro, entrou em erupção debaixo de água perto da ilha de El Hierro, vizinha de La Palma, em outubro de 2011 e matou os peixes após a erupção, conforme a temperatura da água subiu e os níveis de oxigênio caíram. Mas a lava e os gases libertaram nutrientes que favoreceram o aumento de fitoplâncton (micro-organismos aquáticos), atraindo mais peixes, crustáceos e cefalópodes, como polvos e lulas. 

O vulcão permaneceu em atividade por quase seis meses, o que causou alterações na temperatura, acidez e composição química da água do Mar de las Calmas. A vida marinha existente nesse recanto do Atlântico, e que atraía os adeptos do mergulho, foi exterminada.

As investigações, que se concentraram à volta da cratera, revelaram que a área fora do raio de 200 metros da chaminé vulcânica, estava repleta de vida, ao fim de três anos após a erupção. Além de registar um aumento de fitoplâncton, havia também peixes adultos, lulas e polvos, mas os cientistas lembram que se perdeu biodiversidade.

"Isso acontece quase imediatamente. A lava fertiliza a água e a área se recupera em curto espaço de tempo. No caso da ilha de El Hierro, a vida marinha restaurou-se quase completamente em três anos", afirmou Carolina González.

"É como um incêndio florestal. Ele destrói tudo, mas ao mesmo tempo fornece nutrientes para um novo crescimento. A diferença é que a vida marinha se recupera muito mais rápido do que uma floresta", acrescentou.

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